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quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Stiglitz: o capitalismo está a revelar-se um fracasso


Joseph Stiglitz, tal como outros laureados com o Nobel e outros prémios internacionais, com uma experiência que vai actualizando, tem percorrido várias capitais em todo o mundo, como aconteceu há semanas em Lisboa, desmultiplicando-se em conferências.
Na passada segunda-feira, em Montevideu, capital do Uruguai, declarou que "um sistema económico que não fornece o bem-estar de uma parte muito importante da sociedade é um sistema económico que fracassa".
Segundo revelou, a sua origem operária levou-o a ser marginalizado, e que conheceu o racismo e a pobreza, que em tudo contrastava com a idéia que lhe era transmitida de que uma mão invisível regulava os mercados de forma perfeita.
Depois centrou-se nos bancos de desenvolvimento multilaterais que poderiam redefinir o seu papel para contribuir para reformar os mercados financeiros e para actuarem a longo prazo e serem intermediárias entre os aforradores e as necessidades de investimento, dado que a globalização não permitiu essa intermediação, que o sector privado, os fundos de pensões e os fundos soberanos de investimento, apesar de terem milhões de milhões de dólares não o fazem. Segundo o Nobel da Economia, os bancos multilaterais têm uma visão mais holística e menos mecanicista para poderem desempenhar esse papel.