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sábado, 19 de janeiro de 2019

Bom fim de semana,por Jorge



"Livet må forstås baglæns, men må leves forlæns."

"A vida deve ser compreendida recuando, mas vivida avançando."


Soren Kierkegaard (filósofo dinamarquês, 1813-1855)


Armas nucleares: regresso ao passado?, por António Abreu

Os países da União Europeia, em cujas Constituições figura o princípio de que a “soberania pertence aos povos”, parecem considerar que parte dessa soberania já não lhes pertence, reservando-a para os círculos supranacionais que decidem sobre a guerra.


A União Europeia, em que 21 dos 27 estados-membros fazem parte da OTAN, colou-se assim à posição da OTAN, que por sua vez é cópia da posição dos Estados Unidos. O governo Obama primeiro, e depois o governo Trump acusaram a Rússia, sem qualquer prova, de ter experimentado um míssil de categoria proibida e anunciaram a intenção de se retirar do Tratado INF. Ao mesmo tempo, lançaram um programa para instalar mísseis nucleares novamente na Europa contra a Rússia, que também seria baseado na região da Ásia-Pacífico contra a China.
Os países da UE decidiram deixar instalar, nos seus territórios, mísseis de médio alcance para atingirem a Rússia.
Em matéria de armas nucleares de alcance intermédio, com a instalação de novos mísseis apontados à Rússia, depois da rejeição unilateral do Tratado INF, os EUA querem ver-se livres das consequências, que passam para os países europeus que, deixando instalar no seu território, para ficarem sob a direção dos EUA, mísseis que, alcancem a Rússia, necessariamente lhes acarretarão uma resposta russa dirigida a esses países por armas equivalentes. Os povos destes países aprovam estas decisões? Não foram sobre isso perguntados.
O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, conhecido como Tratado INF (do inglês: Intermediate-Range Nuclear Forces), assinado por Reagan e Gorbatchev em 1987 previa a eliminação dos mísseis balísticos e de cruzeiro, nucleares ou convencionais, cujo alcance estivesse entre 500 e 5 500 km. Até a data-limite de 1 de junho de 1991, prevista no tratado, tinham sido destruídos 2 692 mísseis, 846 por parte dos Estados Unidos e 1 846 por parte da União Soviética. O acordo permitia a qualquer das partes inspecionar as instalações militares da outra

Os países da União Europeia, em cujas Constituições figura o princípio de que a “soberania pertence aos povos”, parecem considerar que parte dessa soberania já não lhes pertence, reservando-a para os círculos supranacionais que decidem sobre a guerra.
A União Europeia, em que 21 dos 27 estados-membros fazem parte da OTAN, colou-se assim à posição da OTAN, que por sua vez é cópia da posição dos Estados Unidos. O governo Obama primeiro, e depois o governo Trump acusaram a Rússia, sem qualquer prova, de ter experimentado um míssil de categoria proibida e anunciaram a intenção de se retirar do Tratado INF. Ao mesmo tempo, lançaram um programa para instalar mísseis nucleares novamente na Europa contra a Rússia, que também seria baseado na região da Ásia-Pacífico contra a China.
Os países da UE decidiram deixar instalar, nos seus territórios, mísseis de médio alcance para atingirem a Rússia.
Em matéria de armas nucleares de alcance intermédio, com a instalação de novos mísseis apontados à Rússia, depois da rejeição unilateral do Tratado INF, os EUA querem ver-se livres das consequências, que passam para os países europeus que, deixando instalar no seu território, para ficarem sob a direção dos EUA, mísseis que, alcancem a Rússia, necessariamente lhes acarretarão uma resposta russa dirigida a esses países por armas equivalentes. Os povos destes países aprovam estas decisões? Não foram sobre isso perguntados.
O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, conhecido como Tratado INF (do inglês: Intermediate-Range Nuclear Forces), assinado por Reagan e Gorbatchev em 1987 previa a eliminação dos mísseis balísticos e de cruzeiro, nucleares ou convencionais, cujo alcance estivesse entre 500 e 5 500 km. Até a data-limite de 1 de junho de 1991, prevista no tratado, tinham sido destruídos 2 692 mísseis, 846 por parte dos Estados Unidos e 1 846 por parte da União Soviética. O acordo permitia a qualquer das partes inspecionar as instalações militares da outra.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

China faz germinar semente de algodão na Lua

China revelou há alguns dias que uma semente de algodão germinou na Lua (foto em baixo)



Os responsáveis da missão chinesa Chang-4, que pousou na lado oculto da Lua no dia 3 de janeiro, anunciaram que uma semente de algodão germinou e está a crescer dentro de uma pequena biosfera selada que a sonda transportou para a superfície lunar.

"É a primeira vez que os seres humanos fazem experiências biológicas na Lua", afirmou Xie Gengxin, o cientista responsável pela experiência.

A equipa da Universidade de Chongqing que criou a experiência para a missão Chang-4, desenvolveu uma pequena caixa estanque com 18 centímetros (cm) de comprimento, na qual colocou água, ar e um pouco de terra, juntamente com sementes de algodão, de trigo e de batatas, bem como ovos de mosca-da-fruta.

As imagens divulgadas pelos responsáveis da missão mostram que uma semente de algodão já germinou e que a planta está a crescer. Mas para já, é a única, adianta a equipa.

A missão conta também com experiências de cientistas da Suécia, da Alemanha e de outras equipas da China para estudar as condições ambientais na Lua, incluindo os índices das radiações cósmicas e a interações entre os ventos solares e o solo lunar.

A Chang-4 encontra-se na cratera Von Kármán, na bacia de Aitken, no Polo Sul lunar, uma planície ampla e sem grandes acidentes, onde aterrou a 3 de janeiro, numa manobra considerada histórica por ter sido a primeira que desceu naquele lado da Lua que nunca se consegue ver da Terra.

A sonda libertou, entretanto, um pequeno rover, o Yutu-2, que está a fazer outras medições e experiências, mas sobre as quais nada foi adiantado ainda.

A agência espacial chinesa já tem planeadas mais quatro missões lunares. Uma delas, que será lançada no final do ano, de acordo com o calendário divulgado, tem por objetivo trazer de volta para a Terra amostras do solo.

sábado, 12 de janeiro de 2019

Bom fim de semana, por Jorge

Live as if you were to die tomorrow. Learn as if you were to live forever.”

"Vive como se morresses amanhã. Aprende como se vivesses para sempre."

Mahatma Gandhi 
fundador do estado indiano, 
1869-1948


A terrível destruição futura da «Bacia das Caraíbas», por Thierry Meyssan, em 19 janeiro na voltairenet.org



Na altura em que o Presidente Trump anunciou a retirada das tropas de combate dos EUA do «Médio-Oriente Alargado», o Pentágono prossegue a implementação do plano Rumsfeld-Cebrowski. Trata-se, desta vez, de destruir os Estados da «Bacia das Caraíbas». Não do derrube de regimes pró-soviéticos, como nos anos 70, mas da destruição de todas as estruturas estatais regionais, sem levar em consideração se são amigos ou inimigos políticos. Thierry Meyssan analisa a preparação desta nova série de guerras.



Numa série de artigos precedentes, tínhamos apresentado o plano do SouthCom visando provocar uma guerra entre Latino-americanos a fim de destruir as estruturas de Estado de todos os países da «Bacia das Caraíbas» [1].
Preparar uma tal guerra, que deveria suceder aos conflitos do «Médio-Oriente Alargado», no quadro da estratégia Rumsfeld-Cebrowski, exige uma década [2].
Após o período de desestabilização económica [3] e o de preparação militar, a operação propriamente dita deveria começar, nos anos a seguir, por um ataque à Venezuela desde o Brasil (apoiado por Israel), da Colômbia (aliada dos Estados Unidos) e da Guiana (ou seja, do Reino Unido). Ele seria seguido por outros, a começar contra Cuba e a Nicarágua (a «troïka da tirania» segundo John Bolton).
No entanto o plano inicial é susceptível de modificações, nomeadamente em razão do regresso das ambições imperiais do Reino Unido [4], que poderia influir sobre o Pentágono.
Eis aqui onde nos encontramos:

Evolução da Venezuela

O Presidente venezuelano, Hugo Chávez, desenvolvera relações com o «Médio-Oriente Alargado» dentro de uma base ideológica. Ele tinha-se aproximado particularmente do Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e do Presidente sírio, Bashar al-Assad. Juntos, haviam imaginado a possibilidade de fundar uma organização intergovernamental, o «Movimento dos Aliados Livres», sobre o modelo do «Movimento dos Não-Alinhados», ao encontrar-se este paralisado, no decorrer do tempo, pelo alinhamento de alguns dos seus membros com os Estados Unidos [5].
Se Nicolas Maduro mantém o mesmo discurso que Hugo Chávez, ele escolheu, no entanto, uma política externa completamente diferente. Prosseguiu, é certo, a aproximação com a Rússia e acolheu, por sua vez, bombardeiros russos na Venezuela. Assinou um contrato de importação de 600 000 toneladas de trigo para fazer face à escassez no seu país. Acima de tudo, prepara-se para receber US $ 6 mil milhões (bilhões-br) de dólares em investimentos, dos quais 5 no sector petrolífero. Os engenheiros russos irão tomar o lugar que pertencia aos venezuelanos, mas que estes deixaram vago.
Nicolas Maduro reorganizou as alianças do seu país sobre novas bases. Assim, forjou laços estreitos com a Turquia que é membro da OTAN, e cujo exército ocupa actualmente o Norte da Síria. Maduro deslocou-se quatro vezes a Istambul e Erdoğan uma vez a Caracas.
A Suíça era uma aliada de Hugo Chávez, que ele havia consultado a fim de redigir a sua Constituição. Temendo não poder mais refinar o ouro do seu país na Suíça, Nicolas Maduro encaminha-o agora para a Turquia que transforma o minério bruto em lingotes. No passado, este ouro ficava nos bancos suíços a fim de garantir os contratos petrolíferos. Agora, a liquidez foi igualmente transferida para a Turquia, enquanto o novo ouro tratado regressa à Venezuela. Esta orientação pode ser interpretada como estando baseada não mais em ideologia, mas, sim em interesses. Resta definir quais.
Simultaneamente, a Venezuela é alvo de uma campanha de desestabilização que começou com as manifestações das guarimbas, prosseguiu com a tentativa de Golpe de Estado de 12 de Fevereiro de 2015 («Operação Jericó»), depois por ataques sobre a moeda nacional e a organização da emigração. Neste contexto, a Turquia forneceu à Venezuela a oportunidade de contornar as sanções dos EUA. As trocas comerciais entre os dois países multiplicaram-se por quinze em 2018.
Qualquer que seja a evolução do regime venezuelano, nada justifica o que se prepara contra a sua população.

Coordenação de meios logísticos

De 31 de Julho a 12 de Agosto de 2017, o SouthCom organizou um vasto exercício com mais de 3 000 homens vindos de 25 Estados aliados, entre os quais a França e o Reino Unido. Tratava-se de preparar um desembarque rápido de tropas na Venezuela [6].

A Colômbia

A Colômbia é um Estado, mas não uma nação. Nela, a sua população vive geograficamente separada segundo classes sociais, com enormes diferenças de nível de de vida. Quase nenhum colombiano se aventurou num bairro destinado a outra classe social que não a sua. Essa estrita separação tornou possível a multiplicação de forças paramilitares e, consequentemente, dos conflitos armados internos que fizeram mais de 220 000 vítimas numa trintena de anos.
No poder desde Agosto de 2018, o Presidente Iván Duque pôs em causa a frágil paz interna, concluída por seu predecessor, Juan Manuel Santos, com as FARC (mas não com o ELN). Ele não descartou a opção de uma intervenção militar contra a Venezuela. Segundo Nicolas Maduro, actualmente os Estados Unidos treinam 734 mercenários num campo de treino situado em Tona, tendo em vista uma acção de bandeira-falsa para desencadear a guerra contra a Venezuela. Tendo em vista as particularidades sociológicas da Colômbia, não é possível dizer, com certeza, se este campo de treino é controlado ou não por Bogotá.
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Rex Tillerson era o Director da Exx
onMobil no momento da descoberta das jazidas petrolíferas da Guiana. Pouco depois, tornou-se no Secretário de Estado dos Estados Unidos

A Guiana
No século XIX, as potências coloniais acordaram a fronteira entre a Guiana britânica (a actual Guiana) e a Guiana holandesa (actual Suriname), mas nenhum texto fixou a fronteira entre a zona britânica e a zona espanhola (actual Venezuela). De facto, a Guiana administra 160 000 km2 de florestas que continuam em disputa com o seu grande vizinho. Em virtude do Acordo de Genebra, de 17 de Fevereiro de 1966, os dois Estados recorreram ao Secretário-Geral das Nações Unidas (à época o birmanês U Thant). Mas, nada mudou desde aí, propondo-se a Guiana levar o assunto ao Tribunal (Corte-br) de Arbitragem da ONU, enquanto a Venezuela privilegia negociações directas.
Este diferendo territorial não parecia de urgente resolução porque a área contestada é uma floresta despovoada que se acreditava sem valor, mas é um imenso espaço que representa dois terços da Guiana. O acordo de Genebra foi violado 15 vezes pela Guiana, a qual autorizou, nomeadamente, a exploração de uma mina de ouro. Acima de tudo, surgiu em 2015 um grande desafio com a descoberta, pela ExxonMobil, de jazidas petrolíferas no Oceano Atlântico, precisamente nas águas territoriais da área contestada.
A população da Guiana é composta por 40% de Indianos, 30% de Africanos, 20% de Mestiços e por 10% de Ameríndios. Os Indianos estão muito presentes na função pública civil e os Africanos no exército.
Em 21 de Dezembro, uma moção de censura foi apresentada contra o governo do Presidente David Granger, um General pró-britânico e anti-venezuelano, no poder desde 2015. Para surpresa geral, um deputado, Charrandas Persaud, votou contra o seu próprio partido e, numa indescritível barracada, provocou a queda do governo, que apenas dispunha de um voto de maioria. Desde aí, reina a maior instabilidade: não se sabe se o Presidente Granger, que recebe tratamento de quimioterapia, estará à altura de assegurar a gestão dos assuntos correntes, enquanto, por uma porta traseira, Charrandas Persaud deixou o Parlamento com uma escolta e se escapou para o Canadá.
A 22 de Dezembro de 2018, na ausência de governo, o Ramform Thethys (arvorando o pavilhão das Baamas) e o Delta Monarch (Trinidad e Tobago) realizaram explorações submarinas na zona por conta da Exxon-Mobil. Considerando que esta intrusão viola o acordo de Genebra, o exército da Venezuela perseguiu os dois navios. O Ministério guianês dos Negócios Estrangeiros, em mera gestão corrente, denunciou o acto como hostil.
O Ministro da Defesa do Reino Unido, Gavin Williamson, declarou por outro lado ao Sunday Telegraph, de 30 de Dezembro de 2018, que a Coroa punha fim a filosofia de descolonização que, desde o caso do Suez em 1956, era a doutrina de Whitehall. Londres prepara-se para abrir uma nova base militar nas Caraíbas (de momento o Reino está apenas presente em Gibraltar, Chipre, Diego Garcia e nas Ilhas Falklands). Esta poderia ser em Montserrat (Antilhas) ou, mais provavelmente, na Guiana e deveria estar operacional em 2022 [7].
A Guiana é vizinha do Suriname (a Guiana Holandesa). O seu Presidente, Dési Bouterse, é acusado na Europa por tráfico de drogas, um caso anterior à sua eleição. Mas o seu filho, Dino, foi preso no Panamá, em 2013, muito embora tenha entrado com um passaporte diplomático. Ele foi extraditado para os Estados Unidos onde foi condenado a 16 anos de prisão por tráfico de drogas mas na realidade porque acolheu o Hezbollah libanês no Suriname.
O baptismo de Jair Bolsonaro nas águas 

do Jordão (Israel)


O Brasil

Em Maio de 2016, o Ministro das Finanças do Governo de transição do líbano-brasileiro Michel Temer, Henrique Meirelles, designou o israelo-brasileiro Ilan Goldfajn como Director do Banco Central. Mereilles, ao presidir ao Comité Preparatório dos Jogos Olímpicos, também apelou ao Tsahal (FDI-ndT) para coordenar a Polícia e o Exército brasileiros e garantir, assim, a segurança dos Jogos. Controlando, ao mesmo tempo, o Banco Central, o Exército e a Polícia brasileiros, Israel não teve dificuldade em dinamizar o movimento de contestação face à incúria do Partido dos Trabalhadores.
Crendo que a Presidente Dilma Rousseff havia maquilhado as contas públicas, no quadro do escândalo Petrobras, muito embora sem que nenhum facto ficasse provado, os parlamentares destituíram-na em Agosto de 2016.
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Eduardo e Carlos, os filhos do Presidente Jair Bolsonaro.
Aquando da eleição presidencial de 2018, o candidato Jair Bolsonaro foi a Israel para ser baptizado nas águas do Jordão. Assim conquistou de forma massiva os votos dos evangélicos.
Ele fez-se eleger tendo o General Hamilton Mourão como Vice-presidente. Este último declarou, durante o período de transição, que o Brasil deveria preparar-se para enviar homens para a Venezuela como «força de manutenção de paz», assim que o Presidente Maduro fosse derrubado; declarações que constituem uma ameaça pouco velada e que o Presidente Bolsonaro tentou minorar.
Entretanto, numa entrevista, a 3 de Janeiro de 2019, ao canal SBT, o Presidente Bolsonaro referiu negociações com o Pentágono tendo em vista acolher uma base militar dos EUA no Brasil [8]. Esta declaração levantou uma forte oposição no seio das Forças Armadas para quem o país é capaz de se defender sozinho.
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Benjamin Netanyahu aquando da investidura do Presidente Bolsonaro. Israel tomou posições no Brasil.
Durante a sua investidura, a 2 de Janeiro de 2019, o novo Presidente acolheu o Primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu. Foi a primeira vez que uma personalidade israelita desta importância visitou o Brasil. Na ocasião, o Presidente Bolsonaro anunciou a próxima transferência da embaixada brasileira de Telavive para Jerusalém.
O Secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que também esteve presente na investidura, anunciou com o Presidente Bolsonaro a sua intenção de lutar contra os «regimes autoritários» da Venezuela e de Cuba. De regresso aos Estados Unidos, ele fez escala em Bogotá para se encontrar com o Presidente colombiano, Iván Duque. Os dois homens acordaram em trabalhar para isolar diplomaticamente a Venezuela. A 4 de Janeiro de 2019, os 14 Países do Grupo Lima (entre os quais o Brasil, a Colômbia e a Guiana) reuniram-se para declarar como «ilegítimo» o novo mandato de Nicolas Maduro, que começa a 10 de Janeiro [9], num comunicado que não foi subscrito pelo México. Além disso, seis dos Estados-membros apresentarão uma queixa ao Tribunal Penal Internacional contra o Presidente Nicolas Maduro por crimes contra a humanidade.
É hoje perfeitamente claro que está já em marcha o processo para a guerra. Forças enormes estão em jogo e, agora, pouco há que possa pará-las. É neste contexto que a Rússia estuda a possibilidade de estabelecer uma base aeronaval permanente na Venezuela. A ilha de La Orchila —onde o Presidente Hugo Chávez fora mantido prisioneiro durante o golpe de estado de Abril de 2002— permitiria estacionar bombardeiros estratégicos. O que seria uma ameaça muito maior para os Estados Unidos do que foram, em 1962, os mísseis soviéticos estacionados em Cuba.
Tradução
Alva