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quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Síria: os passos seguintes da República Síria e seus aliados

 
O projecto norte-americano de conquista da Síria através do Daesh falhou face à acção coordenada do governo da Síria, da Rússia e do Hezbollah. Foi um período longo, cheio de humilhações, barbaridades, temores que provocaram uma emigração para a Turquia (mas também para o Iraque) que esta tem gerido com a NATO, de que faz parte, articulando depois com os traficantes de seres humanos que os levam para a Grécia para demandarem a Europa, que não está a recebê-los como declarações grandiloquentes dos seus dirigentes fizeram, mas criando um seriíssimo problema aos próprios e aos países de destino.
A força aérea russa bombardeia os terroristas desde 30 de Setembro e projecta continuar a fazê-lo, pelo menos, até dia 6 de Janeiro, no sentido de destruir os bunkers e demais logística. Raros são os sírios que tenham acolhido a idéia do pretenso "Califado". Por essa altura, o exército árabe sírio e os seus aliados pretendem preparar levantamentos populares nas zonas ainda ocupadas pelo Daesh, de molde que os mercenários deste fiquem apenas a vaguear no deserto e não em zonas urbanizadas.
A Marinha russa já realizou há cerca de um mês exercícios com os seus aliados sírios no Mediterrânio e depois alvejou com mísseis, a partir de um submarino, o Daesh na Síria. Na sequência destas acções, vários aeroportos foram fechados total ou parcialmente no Líbano, Chipre e Iraque. Os russos parece terem conseguido a inibição das comunicações e dos comandos da NATO. Estando a apoiar-se em dois aeroportos sírios irão construir um terceiro de maneira a cobrir o território sírio.
 
Por outro lado um submarino do Irão está ao largo de Tartous.
 
O Hezbollah, com capacidades particulares em operações de comandos prevê preparar o levantamento das populações xiitas enquanto o exército sírio fará o mesmo em relação aos sunitas.
Sob o controlo das Nações Unidas os jihadistas que restavam em Homs saíram da cidade depois de terem acordado isso com o governo sírio. As cidades de Damasco, Homs, Hama, Lattequié e Der ez-Zor estão hoje completamente seguras, faltando recuperar Alepo, Idlib e Rakka (actual capital do"Califado").
 
Ao contrário do que alguma imprensa ocidental tem referido, a Rússia não tenciona deixar o norte do país à França, Inglaterra e Israel que aí criariam um falso Kurdistão, baseado na perseguição a outras etnias que até são aí maioritárias.