Do Ministério da Educação continua a sair a aldrabice dos rankings, que nos querem convencerde que as
melhores escolas são as privadas e as piores as públicas.
O "melhor" e o "pior" são aqui categorias
irrelevantes para aquilo que está em causa. Porquê?
Porque, em geral, nas privadas
andam os meninos das famílias ricas e nas públicas andam os das remediadas ou
mais carentes.
Porque as escolas privadas são
mais apoiadas que as públicas com dinheiros do Estado, independentemente da
qualidade do ensino e apenas com o longínquo argumento de poderem criar oferta numa
região onde não existe escola pública, coisa que, em geral não acontece.
Por outro lado, é voz corrente
que muitas privadas “trabalham” as notas dos seus alunos.
As escolas privadas não são
inclusivas no sentido de acolherem estudantes de todas as camadas sociais, e
não trabalham pedagogicamente, com frequente componente social, alunos com
sérios condicionalismos sociais de origem como a fome, famílias quase inexistentes, permeabilidade
a comportamentos desviantes e marginais.
“Comparar” realidades
incomparáveis é uma mentira de consequências graves
Penso, aliás, que o que, em
geral, a sociedade portuguesa deve a tantos e tantos professores tem sido
criminosamente negada por políticas de direita na educação e por rankings como
estes.