Tendo como ponto de partida as falsas dicotomias que têm sido veiculadas, entre a suposta existência de uma prostituição forçada associada ao tráfico de mulheres e crianças e uma prostituição por opção «livre» e «voluntária», o debate centrou-se na crítica a estas teses, que visam a legalização da prostituição – ou seja, a legitimação de um negócio sórdido que vive da brutal exploração do corpo e da dignidade das mulheres e a transformação do proxeneta em empresário.
Estas concepções foram denunciadas pelas oradoras, que
lembraram que a prostituição em Portugal está a aumentar na medida exacta em
que cresce a espiral de empobrecimento e se aprofunda a pobreza e as
desigualdades. Inês Fontinha lembrou que no contacto que manteve com mais de
oito mil mulheres prostituídas não conheceu nenhuma que o tenha feito por
opção. Fernanda Mateus lembrou as propostas do PCP sobre os problemas e
direitos das mulheres.
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