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sexta-feira, 1 de abril de 2016

Cabecilhas do golpe no Brasil em maus lençóis

Os dois cabecilhas do golpe no Brasil, Michel Temer, vice-presidente do Governo, e Eduardo Cunha, presidente do Congresso, ambos do PMDB, partido que retirou o apoio ao governo, estão a perder o pé.
Eduardo Cunha
Eduardo Cunha acalentava há muito afastar Dilma da presidência do Brasil e afastar o PMDB do PT. Para ele, era essencial que a operação Lava Jato fosse silenciada pelo governo que se lhe seguisse,  para ele se ver livre do pesadelo dos crimes que terá cometido.
Mas Temer continua a não se demitir de vice-presidente, o que deixa a pintura muito borrada, depois do partido de que é presidente ter decidido tirar o tapete ao governo.
Nas vésperas de o PMDB se afastar do governo, um porta-voz deste partido, convencido que o golpe iria ser vitorioso, divulgou projectos neo-liberais para o governo seguinte: privatizações e redução drástica de importantes programas sociais de comprovada relevância para a melhoria das condições de vida e estatuto social de boa parte da população mais carenciada.
Michel Temer
Na mesma altura eram decididas pelo governo a descida do preço da electricidade e a distribuição de mais terras para a reforma agrária e os quilombos (comunidades de negros sem terra de descendentes de escravos), como forma de atenuar as desigualdades sociais.
A ordem de debandada só foi cumprida pelo Ministro de Turismo, um dos políticos alvo da La Jato. Os outros seis ministros tentam junto de Dilma manter os lugares que cobriam áreas importantes da governação.
Parecem longe já os jantares em Brasília de dirigentes do PSDB e PMDB (a que alguém já chamou “sindicato dos ladrões”) em que se discutiam pastas e postas de um futuro governo.
Agora Temer continua a não se demitir de vice-presidente, o que deixa a pintura muito borrada, depois do partido de que é presidente ter decidido tirar o tapete ao governo.
Quanto à operação Lava Jato, o Supremo Tribunal de Justiça decidiu retirar os casos de Dilma e Lula da alçada do juiz Sergio Moro, que depois de querer usar a Lava Jato contra o governo, deixando na penumbra os casos de corrupção de dirigentes, parlamentares e senadores do PSDB e PMDB.