A Comissão Europeia continua ao ataque contra o Orçamento de Estado aprovado por Portugal e a
quinta coluna euro-federalista já prevê cobras e lagartos por parte dela a propósito da aprovação hoje em Conselho de Ministros dos programas de Estabilidade e Nacional de Reformas.
Desde a tomada de posse do governo até hoje com pequenas brancas de objectividade a palavra de ordem dos grandes mídia portugueses é malhar
Ainda hoje, a Antena Um trouxe José Sócrates para o combate contra o governo. Quando não chegam os da casa vai buscar-se fora.
Não me cabe defender as opções do governo nem entrar nas polémicas a propósito do ex-primeiro ministro, que deixei de comentar quando caiu sob a alçada da lei. Limito-me a registar factos que não considero casuais.
Enquanto os trabalhadores lutam em defesa dos seus postos de trabalho e o desemprego se mantem alto enquanto baixas se mantêm as condições de vida dos portugueses, há grupos económicos, grandes patrões, jornalistas e comentadores que não querem, em uníssono com a Comissão Europeia, que o salário mínimos seja aumentado, que sejam repostos gradualmente os cortes sofridos na Função Pública ou que as pensões sejam actualizadas.
No quadro da crise económica na Europa que, nos entra pela porta dentro, a quinta coluna certamente estará também contra as reivindicações de produtores de leite e de carne suína e desejará que os grandes da Europa continuem a despejar os excedentes para os hipermercados dos grupos económicos "portugueses".
A luta vai continuar e a esperança de 4 de Outubro prosseguirá.