A Arábia Saudita está a bombardear escolas, hospitais e até festas de casamento no
Iémen. As armas vêm da Europa, dos EUA e do Canadá. Mas, em 48 horas, o Parlamento
Europeu pode pôr em votação um embargo ao fornecimento de armas. Os sauditas estão a
pressionar para impedir esta votação, e apenas o apoio público massivo pode fazer com
que ela aconteça. Assine a petição:
https://secure.avaaz.org/po/
A actual agressão contra o Iémen é a primeira acção da “Força de Intervenção Rápida” do Conselho de Cooperação do Golfo. Este Conselho é composto por um conjunto de países árabes ricos, liderados pela Arábia Saudita.
E foi formado com o aconselhamento discreto dos EUA e de Israel.
Os bombardeamentos ao Iémen pelo CCG conta com o silêncio da imprensa
ocidental. A pesar da desproporção de forças, o Iémen ousou resistir à invasão,
matando em Marib militares da coligação. Agora o massacre faz-se por
bombardeamentos como laboratorio para novas guerras (o Iémen já foi laboratorio
para drones americanos).
Algo salta à vista
sobre a forma como esta guerra foi vendida aos membros do CCG, em que só o Omã
se recusou a participar. Para a população dos Emiratos Árabes Unidos, era a
promessa da “Cidade Luz” (Al-Noor, Djibuti e Iémen) que poderia incentivar o
comercio no Oceano Índico e abrir este ao leste da Ásia, a pesar de se manter
sob a administração do Dubai. Para os sauditas as promessas ainda foram mais
aliciantes com o controlo uniforme da “quarta parte vazia” (Rub’al-Khali),
lendárias e inexploradas jazidas de petróleo e gás que os EUA tinham mantido
inexploradas no su-solo…enquanto o governo fosse iemenita.
Esta é a prática habitual de construção e destruição de sociedades e governos por bombardeamentos de precisão contra uma população que depende da importação de alimentos. Com uma vitória contundente a Península Arábica ficaria sob o controlo da Arábia Saudita que, rápida e públicamente, celelebraria uma paz com Israel.
Esta é a prática habitual de construção e destruição de sociedades e governos por bombardeamentos de precisão contra uma população que depende da importação de alimentos. Com uma vitória contundente a Península Arábica ficaria sob o controlo da Arábia Saudita que, rápida e públicamente, celelebraria uma paz com Israel.
Responsáveis
sauditas já referiram em Junho passado, na presença de responséis
norte-americanos e israelitas, que esta jazida Rub’al-Khali “obrigará os países
do CCG e o Iémen a cooperar para
proteger o seu rendimento” e que “a esta união se deve seguir o modelo de
Constituição que uniu a América e lhe conferiu a sua democracia”. Quanto à
promisora jazida de petróleo de Ogaden, na Etiópia, ela permitirá unificar países,
o que a Etiópia assegurará ser feito sob a sua direcção” E ainda que “se debe
construir uma ponte entre o continente africano e a Península Arábica, a ponte
Al-Noor que ligaráa cidade de Al-Noor, no Djibuti, à cidade Al-Noor, no Iémen".
É sempre o dinheiro a falar mais alto mesmo que morram milhares de pessoas.