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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Coligação anti ou pró-Daesh?

Na passada 3ª feira reuniram-se em Roma os 23 governos de países que integram a” Coligação anti-Daesh”
São muitos e com pouco trabalho feito que justifique a designação.
Vejamos então alguns deles.
·         EUA – o New York Times revelou em 24 de Janeiro que o seu país armou e treinou, com financiamento de Riade, os “rebeldes” que se infiltraram na Síria, tendo mandatado o senador John McCain para se avistar na Síria com o futuro Daesh, na pessoa de quem viria a tornar-se o seu chefe, o “califa” Al Baghdadi;
·         Arabia Saudita – apoiante no financiamento e armamento do Daesh, na sequência de intervenções anteriores contra a República Popular de Angola, a Nicarágua Sandinista e os rebeldes do Iémen;
·         Jordânia e Qatar – ainda segundo o NYT, ofereceram bases de formação de “rebeldes” incluindo “grupos radicais como a Al Qaeda” para se infiltrarem na Síria e outros países. O Catar, segundo o The Guardian de 26/10/2011 já tinha tido forças suas a atuarem como “rebeldes” na Líbia, contra Kadhafi;
·         Emiratos Árabes Unidos – Desde 2011 formaram um exército de cerca de dois mil mercenários Blackwater, incluindo 450 colombianos que estão agora envolvidos na agressão ao Iémen;
·         Bahrein – depois de esmagar a oposição interna com apoio saudita, deu depois uma mão à Arábia Saudita no massacre de iemenitas;
·         Kuwait – participantes nos massacres no Iémen;
·         Turquia - , posto avançado da NATO na guerra contra a Síria e o Iraque, que apoiou o Daesh enviando-lhe todos os dias centenas de TIR carregados com armas e outros materiais e comprando petróleo roubado por estes para fs financiarem (por publicar as provas, incluindo vídeo, para o fornecimento de armas a Daesh pelos serviços secretos de Ancara, os jornalistas turcos Can Dundar e Erden Gul foram presos e podem enfrentar a pena de morte.
·         França e Inglaterra – utilizam as suas forças especiais e serviços secretos em operações secretas na Líbia, Síria e outros países;
·         Itália – que contribuiu para atear o fogo no Norte de África e Médio Oriente e que participou na demolição da Líbia, e que já se prepara para lá voltar com papel de destaque para outra guerra sob o comando dos EUA/NATO para “manter a paz”, com vista a garantir o controlo das zonas estratégicas e dos recursos energéticos líbios.
Como compreenderão esta força “anti-Daesh” é muito estranha para o ser de facto.