Na passada 3ª feira reuniram-se em Roma os 23 governos de
países que integram a” Coligação anti-Daesh”
São muitos e com pouco trabalho feito que justifique a
designação.
Vejamos então alguns deles.
·
EUA –
o New York Times revelou em 24 de Janeiro que o seu país armou e treinou, com
financiamento de Riade, os “rebeldes” que se infiltraram na Síria, tendo
mandatado o senador John McCain para se avistar na Síria com o futuro Daesh, na
pessoa de quem viria a tornar-se o seu chefe, o “califa” Al Baghdadi;
·
Arabia
Saudita – apoiante no financiamento e armamento do Daesh, na sequência de
intervenções anteriores contra a República Popular de Angola, a Nicarágua
Sandinista e os rebeldes do Iémen;
·
Jordânia
e Qatar – ainda segundo o NYT, ofereceram bases de formação de “rebeldes”
incluindo “grupos radicais como a Al Qaeda” para se infiltrarem na Síria e
outros países. O Catar, segundo o The Guardian de 26/10/2011 já tinha tido
forças suas a atuarem como “rebeldes” na Líbia, contra Kadhafi;
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Emiratos
Árabes Unidos – Desde 2011 formaram um exército de cerca de dois mil
mercenários Blackwater, incluindo 450 colombianos que estão agora envolvidos na
agressão ao Iémen;
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Bahrein –
depois de esmagar a oposição interna com apoio saudita, deu depois uma mão à
Arábia Saudita no massacre de iemenitas;
·
Kuwait –
participantes nos massacres no Iémen;
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Turquia -
, posto avançado da NATO na guerra contra a Síria e o Iraque, que apoiou o Daesh
enviando-lhe todos os dias centenas de TIR carregados com armas e outros
materiais e comprando petróleo roubado por estes para fs financiarem (por
publicar as provas, incluindo vídeo, para o fornecimento de armas a Daesh pelos
serviços secretos de Ancara, os jornalistas turcos Can Dundar e Erden Gul foram
presos e podem enfrentar a pena de morte.
·
França e
Inglaterra – utilizam as suas forças especiais e serviços secretos em
operações secretas na Líbia, Síria e outros países;
·
Itália
– que contribuiu para atear o fogo no Norte de África e Médio Oriente e que
participou na demolição da Líbia, e que já se prepara para lá voltar com papel
de destaque para outra guerra sob o comando dos EUA/NATO para “manter a paz”,
com vista a garantir o controlo das zonas estratégicas e dos recursos
energéticos líbios.
Como compreenderão esta força “anti-Daesh” é muito estranha
para o ser de facto.