A aprovação na generalidade pela maioria da Assembleia da República do Orçamento do Estado é um sinal que terá consequências positivas para o rendimento disponível de muitos portugueses e de famílias de menores recursos e para os trabalhadores da função pública que tinham visto degradados os seus rendimentos ao longo dos anos.
O PSD decidiu retirar-se da continuação dos trabalhos, revelando um conceito da representatividade parlamentar de abandono dos debates, o que é uma desconsideração para com os portugueses que elegeram os seus deputados.
A direita foi arrasada na troca de argumentos e esclarecimentos. Comportou-se como se não tivesse cabimento discutir em S. Bento orçamentos com orientações políticas diferentes das suas. Como se devesse sempre privilegiar os que mais têm em detrimento da maioria. Confundindo, para manipular consciências, subidas de impostos como se a política fiscal não tivesse sido reorientada em benefício da maioria e taxando mais quem mais consome certo tipo de produtos ou realiza certos tipos de operações financeiras, taxando mais a banca, etc.
Passos Coelho voltou a ter muitas dificuldades em negar que tinha traído Portugal nas instâncias europeias.
Como disse Jerónimo de Sousa, ao salientar que este não era o orçamento do PCP, ele pode abrir, no entanto, novos desenvolvimentos positivos, particularmente no plano social. E tornou muito claro quais teriam sido as medidas de um orçamento oriundo dos partidos da direita e as consequências que teria para o país.