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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

A caminho da paz na Síria?

A conferência de imprensa de Munique, na Alemanha. que anunciou o acordo entre EUA e Rússia e outros países que têm apoiado os diferentes intervenientes no conflito, foi realizada após a reunião do chamado Grupo de Apoio a Síria, com a participação do ministro russo do Exterior Sergey Lavrov, o secretário de Estado dos EUA John Kerry, e o enviado especial da ONU para a Síria Staffan de Mistura.
O ambicioso plano para cessar as hostilidades na Síria com resultados verificáveis dentro de uma semana, voltou a dar vida às conversações de paz de Genebra, e permite começar imediatamente a prestação de ajuda humanitária aos civis foi revelado depois de negociações, incluindo dos EUA, da Rússia e das Nações Unidas.

As hostilidades na Síria poderão parar dentro de uma semana após a confirmação pelo governo do presidente Bashar Assad e  pela  oposição, do acordo.

Um mecanismo para ajudar a resolver questões humanitárias na Síria tem sido desenvolvido, e inclui a criação de uma task-force que vai começar a trabalhar hoje.
 
A Rússia está a contar com os EUA e outros países para fazerem pressão sobre os grupos que combatem militarmente Damasco para cooperarem com as Nações Unidas.
Segundo Lavrov,  todos concordam em destruir Estado Islâmico. Também chamou a noção de que a situação na Síria poderia melhorar se o regime de Assad cooperasse.
 
Falar sobre a necessidade de preparar as tropas terrestres para uma invasão da Síria só vai acrescentar fogo ao conflito, ministro das Relações Exteriores da Rússia sublinhou.
Nesse sentido têm falado desde há dois dias a Arábia Saudita e a Turquia.
 
Lavrov referiu que objetivo agora é retomar as negociações de paz sem condições prévias entre o governo sírio e todo o espectro da oposição, que é o único formato em que  poderiam ser bem sucedidas.

A propósito deste acordo o antigo presidente do Comité Militar da NATO entre 2002 e 2005, Harald Kujat declarou hoje ao jornal Passauer Neue Press que "A Rússia foi a primeira a criar as bases para a paz na Síria com o lançamento de sua operação anti-Daesh, enquanto Washington e Bruxelas não tinham qualquer tipo de estratégia" e que"Os russo tornaram o processo de paz [na Síria] possível".
"Nem os americanos nem os europeus tinham qualquer estratégia para uma Síria pacífica. Não estavam ambos preparados para serem realmente envolvidos. Os russos fizeram isso e abriram uma janela para a solução política.
A operação russa foi crucial para o Exército sírio no terreno poder sobreviver à ofensiva do Estado Islâmico  e impedir todo o país de ser apreendido por militantes islâmico", disse .
A  campanha aérea anti-Daesh da Rússia tem sido frequentemente criticada pelo Ocidente, que acusa Moscovo de alvejar as forças de oposição "moderada" da Síria e protelando as negociações de paz. O Ministério da Defesa russo rejeitou repetidamente as acusações e declarou que as acções lideradas pelos EUA contra o Daesh são ineficientes, enquanto diplomatas russos têm referido que a estratégia síria de Washington parece estar  com o Daesh.