Ontem Passos Coelho reconheceu que poderia não ter sido tão "austeritário". A declaração é tanto mais ridícula quando a associa à sua recandidatura a presidente do PSD e ameaça com a possibilidade de voltar a ser primeiro-ministro!!!
O que ele não aceita é assistir, por um lado, a medidas que vão ao encontro dos trabalhadores da Função Pública, dos reformados com pensões mais baixas, das famílias com filhos, de melhoria do salário mínimo e do RSI, a redução parcial do IVA da restauração e da sobretaxa do IRS, da população em geral quando vão ser revertidas privatizações e concessões de transportes públicos, etc (só daqui a uma hora vão ser conhecidas as medidas essenciais deste OE 2016.
E não aceita assistir que ter sido bom aluno de Bruxelas foi um decúbito sem sentido, já que uma viragem na política concentrada no OE foi aprovada por Bruxelas - é certo que a contragosto e depois de uma pressão inaceitável sobre a soberania do nosso país.
A AR irá discutir e aprovar o OE, o que prova que a tal "geringonça" funcionou, ao contrário do que previa Vasco Pulido Valente, a direita e uma chusma de comentadores, que a esta hora deveriam ter os seus vínculos desfeitos por quem os contratou.