Número total de visualizações de páginas

segunda-feira, 30 de maio de 2016

Negociações de Genebra em risco mas o Daesh está a perder terreno

As negociações de Genebra correm o risco de não se concluírem mas a Síria e o Iraque vão derrotando o Daesh/Estado Islâmico, que, acossado, vai refinando a barbaridade das suas acções, que podem incluir ataques na Europa, em locais de grandes concentrações populares.
Os ataques do Daesh agravaram os seus atentados na Síria, no Iraque e também em África. Os atentados do passado dia 28 de Maio nas cidades de Tartous e Jablé, na Síria, atingiram essencialmente civis e foram particularmente sangrentos.
Massacre em Tartous, na Síria, realizado pelo Daesh
 
Desde o início deste ano, o armamento pelos EUA de dois grupos terroristas que não foram abragidos pela trégua durante as negociações, o Daesh e o Al-Nusra, justifica as maiores dúvidas sobre a vontade de os EUA concluírem este processo com honra.

Ao mesmo que parte dos dois grupos terroristas se transfiguram em organizações que reclamam ser parte nas conversas, a Rússia tem-se oposto nas negociações a esse truque.

Por outro lado, de forma clara, e revalorizando as organizações sírias de fora do país, EUA, França e Inglaterra procuram dar importância a reclamações de que Assad seja afastado agora, que não se aceitem os progressos no terreno do exército sírio que resultem de ataques a grupos “moderados” e a não participarem em próximas eleições os partidários do presidente. O que contraria as bases em que assentou o início das conversações.
 
Por seu lado a Turquia não quer que os EUA se aliem aos curdos do norte da Síria para combater o Daesh, coisa que estes não estão interessados em aceitar porque sendo estes curdos adversários do governo sírio isso lhes permite ter um acréscimo de influência sobre as negociações de paz.
 
Este impasse pode dar força à idéia de o fracasso de Genebra dever ser seguido por uma retoma das negociações intra-sírias, com aqueles que o desejem, isto é, sem os grupos pró-Sauditas, mas com os Curdos.
 
Entretanto os EUA, a NATO e a UE não deviam diabolizar o exército sírio no seu esforço para retomar as cidades mais importantes. Entre os novos interlocutores é que se deveria estabelecer uma plataforma de transição.
 
O exército iraquiano está a retomar as principais cidades na mão dos terroristas que quer no Iraque quer na Síria utilizam os cidadãos residentes como escudos, os perseguem e fuzilam, quando querem sair do teatro de guerra, lhes pilham os bens e a pouca comida que resta e até vendem no facebook as cidadãs como escravas sexuais!...
Uma firme resistência contra o terrorismo e permitir a estes países destruídos respirarem para em paz retomarem as suas economias e crescimento são a chave para o problema.