Apesar da manutenção da
actividade dos terroristas do Jabhat al Nusra, excluído tal como o Daesh do
acordo de cessar-fogo apoiado pela ONU, numa parte da cidade de Aleppo (capital
económica da Síria que antes da guerra tinha cerca de três milhões de
habitantes tal como a capital política Damasco) e da mortandade que tem causado
a troca de disparos entre as partes.
Apesar, das reclamações do
Exército Livre da Síria (chapéu estimulado pelos EUA para diferentes organizações
armadas falarem a uma só voz) de que o acordo de cessar-fogo deve incluir
também regiões que afirmam controlar.
Apesar da insistência de alguns
grupos rebeldes em incluir condições prévias para negociarem como a saída imediata
do poder de Bashar Al-Assad e a sua não participação do poder.
Apesar da onda de violência que
atingiu a Síria na semana passada, em particular em Aleppo, onde dezenas de
civis foram mortos num pesado bombardeio, em que um hospital foi atingido
resultando pelo menos 50 mortes de acordo com os Médicos Sem Fronteiras, o que
levou o enviado especial da ONU Staffan de Mistura a advertir que a trégua
estava à beira do colapso e precisava de ser salva.
Isto por estarem a seguir cerca
de 3,5 toneladas de ajuda humanitária para as províncias de Damasco e Aleppo, segundo
o Ministério da Defesa da Rússia afirmou no domingo, acrescentando que os
comboios semelhantes devem seguir para as províncias de Homs e Hama.
E porque o Centro Russo para a
Reconciliação na Síria, que está a trabalhar na implementação do roteiro de paz
na Síria, apoiado pelas Nações Unidas, bem como cessar-fogos regionais, disse
que têm ocorrido negociações na área de Aleppo em apuros e que, recentemente,
um acordo foi alcançado com dois duas negociações em Aleppo. Desde 1 de Maio o
número de acordos estabelecidos para adesão à trégua atingiu 85. E em Aleppo,
de acordo com os termos do cessar-fogo, a soberania síria deve ser garantida em
toda a cidade.
E ainda porque, numa viagem
organizada à pressa a Genebra respondendo ao apelo de Mistura, o secretário de
Estado dos EUA John Kerry no domingo, disse que espera que "algum progresso"
seja atingido nos próximos dias nas negociações de Genebra.
E também porque em entrevista à Rússia
Today, Mistura insistiu em que tanto a Rússia como os EUA têm a
responsabilidade de protegerem e "recalibrarem" a cessação das hostilidades
e de se certificarem de que a iniciativa de paz, que ele diz ser a única solução
viável para a Síria, se mantenha.