A tese de doutoramento, iniciada em 2012, constata que a maioria do empreendedorismo português surge alavancado pelo desemprego, o que leva a que esteja associado a um empreendedorismo “por necessidade”, ao invés de “por oportunidade”, indiciando que não contribui para o crescimento da economia, disse à agência Lusa o autor da tese, Gonçalo Brás.
Segundo o investigador, um dos “traços preocupantes do empreendedorismo em Portugal” é este ser alimentado pelo Governo, “em programas como o ‘Empreende Já’”, em que o desemprego “é condição ‘sine qua non’ [obrigatório] para haver apoio”.
O desemprego como alavanca para o empreendedorismo leva a que as pessoas “sejam empurradas para o mercado, muitas vezes impreparadas, o que pode resultar no endividamento das pessoas”, sublinhou.
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