O economista Eugénio Rosa num estudo seu mais recente sublinha que estamos perante
utilizando dados oficiais, a situação do SNS e o seu orçamento para 2023, mostra que ele é insuficiente a nível de despesas com pessoal (aumento de apenas 2,3% entre 2022 e 2023) para compensar os profissionais de saúde da inflação prevista para 2023 (entre 5% e 6%), e muito menos para garantir remunerações dignas e uma carreira digna aos médicos do SNS.
As baixas remunerações que auferem no SNS tem obrigado muitos deles a trabalharem também para os grandes grupos privados de saúde, que é uma forma como, objetivamente, os sucessivos governos, incluindo o atual, tem promovido o negócio privado de saúde com consequências dramáticas para os profissionais de saúde e para os utentes.
Eugénio Rosa mostra também que dos 753,4 milhões € de investimentos previstos no orçamento do SNS para 2023, apenas foram executados 66,7 milhões € até maio de 2023, o que é incompreensível e inaceitável já que tem consequências graves para utentes e profissionais de saúde (doentes amontoados nos corredores dos hospitais, equipamentos necessários fora do prazo ou inexistentes, etc.).
O economista analisa o documento do governo com a proposta de grelha remuneratória para os médicos mostrando que ela, no fundo, o que pretende é obrigar os médicos a trabalharem mais horas e em piores condições não pagando adequadamente. E termina analisando a "solução milagrosa " de Montenegro/PSD para o SNS.
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