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quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Soam as hordas às nossas portas


 A  Moody’s, a Standard and Poor’s e a Fitch mais um comissário europeu têm andado na cruzada  de vergastar o esboço de Orçamento e querendo que ele reflicta as opções do governo derrotado em 4 de Outubro. Assunção Cristas vai à boleia, com um linguarejar underground, atirando-se como gato a bofe às previsões orçamentais.

Querem cortes sociais, de salários, pensões, da saúde, educação, a continuação de despedimentos na Função Pública, continuidade nas privatizações. Não querem os primeiros passos que foram dados em sentido contrário com o actual governo. E chegam a dizer que se o governo moderar as suas opções nestes campos, tenha problemas no seio dos participantes dos acordos que sustentam este governo, e isso ponha em causa a maioria parlamentar que o sustenta e crie instabilidade (!).

Uma destas “agências de “notação”, a Fitch, chega mesmo a ameaçar desclassificar Portugal nos ratings que manipula com critérios essencialmente políticos para condicionar as decisões dos países. Tal como o fazem as outras “agências”.

Mas não estaremos nós lembrados dos atestados de saúde que deram a grandes bancos multinacionais norte-americanos nas vésperas das suas falências, na sequência da crise do sub-prime? Cobriram então, com a cumplicidade de quem conhecia bem essas situações, um bando de criminosos. E foram cúmplices com a passagem da crise daí decorrente para a Europa todo o mundo.

Porque deveríamos seguir os conselhos destes membros de uma grande associação criminosa, para além de que só pretendem o degradar das condições no nosso país, ao nível de emprego, rendimento das famílias, economia, funções sociais do Estado?

E o representante da Comissão Europeia não reconhece a falência que foram as anteriores políticas de resgates, e que vários países europeus não estão na disposição de aceitar mais imposições desse tipo?

Os portugueses não aceitarão os diktats de todos eles.