Os dirigentes do PSD e do PP desdobram-se em declarações desclassificadas na esperança que alguém lhes ligue. Não estão a ter muita sorte. Mesmo quando dão as tácticas a alguns directores de informação que ainda os ouvem venerandos. Também por aí não têm tido grande sorte mas lá obtêm umas manchetes e uns slogans de pretensas notícias nas rádios e tvs.
A voz aos trânsfugas de uma solução alternativa de governo ainda dá alguma espetadelas mas que estão a perder eficácia. Barões e baronetes têm-se vindo a calar.
A possibilidade de no dia 10 ser apresentado um governo e um programa diferentes daqueles que vão ser chumbados é certa. Na base de negociações entre três partidos que se entenderão na base de soluções partilhadas, livres das pressões externas. Então os portugueses que, na sua grande maioria foram vítimas de uma grande austeridade, do saque a pensões e salários, que viveram 4 anos de uma permanente instabilidade, manifestarão o seu contentamento com o início de viragem de página que se impõe.
Passos Coelho foi indigitado 1º Ministro mas não teve apoio parlamentar suficiente. A direita mais conservadora, personalizada por Cavaco Silva, perdeu mas obrigou os portugueses a verem atrasada a aprovação do governo a sério, que esperaram desde a noite de 4 de Outubro.