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terça-feira, 23 de junho de 2015

O DN de hoje "Subsídio de desemprego. Estado paga cada vez menos e a menos pessoas"

Em Maio, cada desempregado recebeu em média 448 euros por mês, o valor mais baixo desde 2006, devido à quebra nos salários e aos limites introduzidos à prestação.
 


Há menos desempregados inscritos nos centros de emprego do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), mas o valor do subsídio também está a cair. Em maio, cada desempregado recebeu, em média, 448 euros por mês. São menos 18 euros do que em maio de 2014 e quase menos 50 euros do que o valor pago no início de 2012. É necessário recuar a julho de 2006 para encontrar um valor mais baixo. Só para esbater o efeito da inflação desde esse ano (15% em termos acumulados), o subsídio deveria ser hoje de 504 euros. Ou seja, em termos de poder de compra, é como se os atuais desempregados recebessem menos 56 euros por mês.
A razão para o subsídio mais baixo é a queda dos salários, o facto de o governo ter baixado o teto máximo do subsídio para 1048 euros e o corte de 10% aplicado ao fim de seis meses de prestação.
O subsídio chegou a 279 563 pessoas, longe do máximo de 419 360 beneficiários contabilizados em fevereiro de 2013. A diminuição deste número reflete a queda do desemprego. Mas os dados agora revelados pela Segurança Social mostram também que estas prestações sociais chegam a um universo cada vez mais pequeno de pessoas sem trabalho.

Nota - "Queda do desemprego" é expressão que não reflecte a realidade. Contribuiram para esses números, sim, o aumento da emigração e do desemprego de longa duração, ou estrutural, que já não tem direito a subsídio de desemprego. É uma expressão usada pelo governo e jornalistas e comentadores que lhe fazem o frete.

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