Em entrevista à Prensa Latina, um dos dirigentes do HDP, de esquerda, pró-curdo,
reitera necessidade de paz na Turquia
Selahattin Demirtas reiterou hoje a necessidade de
obter a paz na Turquia e pôr fim aos confrontos entre as forças da ordem e a
guerrilha curda. Em declarações à imprensa, o co-presidente do Partido
Popular Democrático (HDP) condenou a atitude do governo e pediu um cessar fogo
o mais cedo o possível."A Turquia não pode suportar mais o peso do crescente número de assassinatos no meio deste surto de violência", assinalou Demirtas e acusou a presidência de ignorar os contínuos apelos à paz nesta nação. A 24 de Julho, depois de um atentado na localidade meridional de Suruc, a direção do país iniciou operações contra o Estado Islâmico e o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) por considerá-los uma ameaça para a segurança nacional.
Como resultado, pelo menos 771 membros da guerrilha morreram de 22 de julho a 20 de agosto e mais de 450 ficaram feridos, enquanto mais de 1.730 pessoas foram presas, incluídos menores de 18 anos e alguns membros do HDP.
Segundo Demirtas, as ditas ações fazem parte de uma estratégia do Partido de Justiça e Desenvolvimento (AKP) para evitar a ascensão de sua formação e impedir que ocupe cadeiras na Assembleia Nacional depois das eleições antecipadas previstas para Novembro. A obtenção pelo partido pró-curdo HDP de cerca de 13% dos votos nas eleições parlamentares de 7 de junho foi um dos elementos que impediu o AKP de continuar com 13 anos de mandato ininterrupto.
Demirtas afirmou que sua organização está pronta para participar num governo transitório até que se encerrem as urnas, mas advertiu sobre possíveis ações do AKP para o impedir.
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