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segunda-feira, 14 de maio de 2018

Como lidar com Israel na complexa negociação para a paz no Médio Oriente que seja, de facto, promissora?

 
As linhas que se seguem só a mim responsabilizam.
 
Rússia, China e alguns grandes países desempenham hoje um importante papel para atenuar tensões regionais e de impacto global, para encontrar solução para os conflitos através de negociações entre partes, em que necessariamente como em qualquer processo negocial existem cedências de parte a parte, para reduzir a margem de manobra e tentar acabar com o terrorismo, para associar a todos estes esforços diplomáticos meios de desenvolvimento dos países mais desprovidos de quase tudo.
Esta é uma realidade que convive com um papel negativo dos EUA, da União Europeia e, dentro desta particularmente da Inglaterra e da França, e da agressividade de Israel e da Arábia Saudita.
A operação da instalação da embaixada americana em Jerusalém que, de acordo com as decisões da ONU é capital simbólica de dois estados – o palestiniano e o israelita – é uma machadada forte nos esforços de paz.
O isolamento internacional dos protagonistas deste acto e o massacre de dezenas de palestinianos hoje, que se somam a mais outras dezenas nos meses anteriores, exige uma clarificação das relações com Israel. Ontem Israel voltou a enviar mísseis contra a capital síria de Damasco.
O presidente Putin levou Nethanyau para o seu lado, no desfile da vitória há dias em Moscovo e os contactos entre responsáveis de ambos os países tem-se traduzido num fechar de olhos ou aquiescência por parte da Rússia a ataques contra instalações de brigadas militares de origem iraniana e do Hezbollah em território sírio.
Entretanto as negociações para a paz na Síria prosseguiram hoje em Astana, capital da Síria, promovidas pela Síria, Rússia e Irão, com a ONU e a Turquia como observadores e a participação da oposição síria, que não inclui os grupos terroristas, entretanto derrotados e removidos das zonas de influência, que nelas não quiseram participar por uma questão de princípio de não aceitação da negociação que reconhecesse as instituições do Estado Sírio.
É certo que são complexos os compromissos a obter até uma paz promissora mas isso não pode levar à aceitação das já referidas atitudes de Israel nem ao abandono do direito dos palestinianos a terem o seu estado, que não o campo de concentração em que hoje a Cisjordânia e, particularmente, a faixa de Gaza vivem. A Rússia terá que ter isto em linha de conta.

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