Conflitos em grande escala estão a ocorrer desde 7 de maio entre palestinianos e a polícia israelita, levando à maior escalada na Faixa de Gaza nos últimos anos.
A responsabilidade pelo
desencadear da violência foi da responsabilidade de Netanyahu que, talvez
queira sair desta provocação em escalada como defensor do povo judeu ameaçado,
que lhe garanta apoio no Knesset para formar governo, o que não tem estado a
conseguir.
Os incidentes começaram em duas
áreas de Jerusalém Oriental ao mesmo tempo. Continuar aqui.
A primeira foi perto da Mesquita Al-Aqsa.
Mais uma vez a perseguição aos
fiéis palestinianos no Domo da Rocha - domo da mesquita – com espancamentos e
tiros, levaram à entrada da polícia na mesquita, que provocou destruições que,
prontamente os palestinianos repararam. Esta cena repete-se há anos. Só que
desta vez a violência foi maior. A ocupação também impõe restrições ao povo de
Jerusalém e impede-o de realizar as orações e praticar o culto na Mesquita de
Al-Aqsa. A polícia israelita passou a receber ordens para impedir que jovens e
crianças lá vão, e às vezes impõe apenas aos maiores de 60 anos a permissão de
entrar na Mesquita. A deportação de Jerusalém é praticada periodicamente e por
decisões dos tribunais alinhados com o governo. Por exemplo, o sheik Raed
Salah, que assumiu a prefeitura do município de Umm al-Fahm, vem sofrendo
repetidas ordens de afastamento da mesquita de Al-Aqsa e prisões periódicas,
devido à sua descoberta das escavações a que a mesquita está sujeita e à sua
posição contrária às medidas de profanação de Jerusalém e de judaização
sionista.
Na figura em baixo figura a mesquita e também,em baixo à esquerda, o muro das lamentações judaico.
Desde que o projeto sionista teve
início na Palestina, e desde a ocupação britânica há cerca de cem anos, a
mesquita Al-Aqsa está ameaçada de judaização, mas o povo de Jerusalém e da
Palestina e os seus apoiantes têm travado essas conspirações.
Jerusalém, entretanto ocupada por
Israel, e, em particular, a Cidade Velha e a Mesquita de Al-Aqsa, são expostas
diariamente a múltiplas formas de racismo.
Esta mesquita, bem como o Domo da
Rocha, tornaram-se símbolos do movimento nacionalista palestiniano. Mesmo
quando o estado de Israel conquistou Jerusalém Oriental em 1967, e procedeu à
reunificação da cidade, manteve a administração da mesquita nas mãos dos
muçulmanos
A tentativa israelita de fazer
judeus e muçulmanos partilharem a mesquita de Al-Aqsa como local de culto vai
contra as normas e tradições internacionais. A Mesquita de Al-Aqsa é dos
palestinos, e os ocupantes sionistas não tem direito nenhum a ela.
Os habitantes de Jerusalém sofrem
com a falta dos direitos mais básicos, de modo que a ocupação lhes impõe, por
exemplo, taxas que chegam a centenas de milhares de dólares para conceder uma
licença de construção, sem falar que a espera por esta se arrasta por muitos
anos. A ocupação também impõe restrições ao povo de Jerusalém e impede-o de
realizar as orações e praticar o culto na Mesquita de Al-Aqsa. A polícia
israelita passou a receber ordens para impedir que jovens e crianças lá vão, e
às vezes impõe apenas aos maiores de 60 anos a permissão de entrar na Mesquita
de Al-Aqsa. A deportação de Jerusalém é praticada periodicamente e por decisões
dos tribunais alinhados com o governo. Por exemplo, o sheik Raed Salah, que
assumiu a prefeitura do município de Umm al-Fahm, vem sofrendo repetidas ordens
de afastamento da mesquita de Al-Aqsa e prisões periódicas, devido à sua
descoberta das escavações a que a mesquita está sujeita e à sua posição
contrária às medidas de profanação de Jerusalém e à judaização sionista.
A segunda área de incidentes foi no bairro palestiniano de Sheikh
Jarrah, onde várias famílias árabes estão a ser despejadas para nesses
locais serem construídos colonatos judeus. Esta decisão, baseada na
consideração de que no passado tinham ali vivido judeus, quando da formação do
estado de Israel, em 1948, passando a zona a ser ocupada pelos palestinianos.
Este “direito” foi judicialmente contestado e o tribunal israelita que a está a
julgar a questão adiou uma decisão, o que foi encarado pelos palestinianos como
uma pequena vitória. Os palestinianos manifestaram-se nas ruas de Sheik Jarrah
contra este novo roubo de terrenos palestinianos, a que a polícia respondeu com
repressão e tiros. No local, junto à Porta de Damasco (porta norte da cidade
velha) realizou-se também uma manifestação de centenas de judeus
fundamentalistas em resposta ao apelo “Morte aos árabes!”, slogan que foi repetido ao longo de horas.
Depois disto na faixa de Gaza, o Hamas, que foi eleito democraticamente
para dirigir este território, tem lançado rockets sobre várias cidades de
Israel. Nesta sexta-feira em que escrevo já morreram dezenas de palestinianos e
doze judeus. Israel atacou na quinta-feira por ar e por terra junto a Gaza,
tendo usado 160 aviões (!!).
Os israelitas estarem a ser
atingidos em várias cidades provocou já o medo, resultante disso e das
manifestações dos israelitas árabes, em solidariedade com os palestinianos, em
várias cidades, com múltiplas situações de violência de parte a parte, que lhes
retira a segurança em que têm vivido, lado a lado com os árabes.
Netanyahu quer esmagar os
palestinianos mas já ele e outros o tentaram antes. E apesar das muitas mortes
e sofrimentos atrozes, não o conseguiram.
O Secretário de Estado
norte-americano, Anthony Blinken e a
chanceler alemã, Angela Merkl, referiram-se a estes incidentes como
reconhecendo o direito de Israel se defender. Mas não foram tão compreensíveis
com o direito dos palestinianos se defenderem das agressões israelitas.
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