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sexta-feira, 4 de março de 2016

Será que Passos Coelho vai continuar a visitar feiras e fazer declarações a jornalistas nos próximos tempos?



A entrada de Maria Luís Albuquerque para a empresa inglesa de compra de dívida pública que tinha comprado dívida e créditos malparados em bancos do nosso país quando M. L. A era Ministra das Finanças e do Estado de Passos Coelho, e mantendo-se ainda agora como deputada, é mais uma das já muitas escandaleiras que caracterizam o exercício de funções públicas em articulação com empresas que podem beneficiar das decisões políticas.
E que, depois, absorvem nos seus quadros esses políticos para aí continuarem a trabalhar com certeza contra o interesse público.
 
A dependência do poder político em relação ao poder económico exige legislação, a sua regulamentação, a sua aplicação com corpos especiais adequados e penas muito severas contra os que têm participação em negócio e lesam em milhares de milhões de contos os contribuintes e os resultados da atividade produtiva.
 
Esta contratação de M. L. A. foi conhecida ao mesmo tempo que esta aparece associada a uma deliberação ruinosa para o país, por recente deliberação de um tribunal também inglês, que põe ainda mais de rastos a governação do PSD/CDS e Passos Coelho.

De facto, o Metropolitano de Lisboa, a Carris, o Metro do Porto e a STCP foram condenados pelo Commercial Court de Londres a pagar 1,8 mil milhões de euros ao Santander Totta no âmbito do processo avançado pelo banco espanhol contra as quatro empresas públicas por quebra unilateral dos nove contratos swap celebrados pelo governo José Sócrates entre 2005 e 2007, e o novo governo ainda não descobriu se havia tal verba para pagar o resultado negativo do julgamento agora enunciado, e que decorreu enquanto M. L. A. era ministra.
Quanto ao gestor da Parparticipadas Bruno Castro Henriques, que promoveu, com o ámen da ex-Ministra Maria Luis Albuquerque, a venda do Banco Efisa, deixando para o Estado encargos entre 80 e 130 milhões de euros. e que agora vai trabalhar para a empresa compradora, é interessante repescar algumas passagens do currículo publicado no linkedin pelo próprio.

"Desde Agosto de 2012 que Bruno é presidente e CEO da Parparticipadas e membro do Conselho de Administração da Parvalorem e Parups - 3 empresas estatais irmãs que foram incorporadas para comprar ativos do antigo Grupo BPN, para permitir o sucesso do processo de reprivatização do banco BPN (Banco Português de Negócios)."
"A Parparticipadas SGPS SA é uma holding das seguintes empresas: (i) Banco Efisa SA (Banco de Investimento); (ii) BPN Crédito (Banco de Crédito do Consumidor); (iii) Real Vida Seguros (Life Insurance Company); (iv) BPN Brasil (Banco em São Paulo, Brasil); (v) BPN IFI (Banco de Cabo Verde); (vi) Imofundos (Real Estate Fund Management), entre outros."
"A Parparticipadas está a liderar diversos processos de M & A para reprivatizar a maioria de suas filiais.
Por isso Bruno também é membro dos Conselhos de Administração da maioria destas empresas."
"De 2005 a 2006 Bruno foi CFO de uma empresa portuguesa do sector da saúde contratada para garantir serviços de saúde no trabalho e de higiene e segurança do trabalho em empresas de transporte públicas CP, CARRIS, METRO, REFER, STCP, FERNAVE, TRANSTEJO"
"Anteriormente, trabalhou como assessor da administração de um grupo de stands de automóveis e como analista de riscos de crédito na Divisão Corporativa da Caixa Geral de Depósitos (CGD)".

A maioria da Assembleia da República e o Governo têm que tomar medidas pesadas para que a esperança não ceda a estes comportamentos!