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quarta-feira, 29 de julho de 2015

As manifestações de hoje em Lisboa e Luanda contra o presidente angolano, o papel da UNITA e os esclarecimentos do MPLA

Nos últimos dias tem circulado em meios de comunicação social portugueses, com destaque para a Antena Um, uma gravação de promoção da manifestação que hoje está marcada para Lisboa e que procura replicar outra semelhante nos objectivos que se irá realizar em Luanda.
 
O tema central é a exigência de libertação de jovens "presos políticos" em Angola. Sobre este movimento, o Jornal de Angola de hoje refere que o 1º secretário do MPLA de Luanda, Bento Bento, que falava durante um acto político de massas, na Cidadela Desportiva, revelou que 99 por cento dos integrantes do “Movimento Revolucionário” pertencem ao braço juvenil da UNITA, a JURA, e procuram desestabilizar a paz e a democracia no país, com o objectivo de derrubar pela via inconstitucional o Governo liderado pelo Presidente José Eduardo dos Santos.
Bento Bento

Segundo este dirigente do MPLA, os 15 elementos do “Movimento Revolucionário” estão detidos, acusados de tentativa de preparação de actos de rebelião e atentado ao Presidente da República, com o “apoio directo” de personalidades da UNITA com responsabilidades na Assembleia Nacional.
Bento Bento apelou aos partidos políticos que pretendem alcançar o poder político a utilizarem a via democrática. “A via democrática normal aqui no nosso país passa pela criação de partidos políticos e a mobilização do povo para enfrentar o MPLA nas próximas eleições e procurar ganhar”.
 
Este aviso deve ser uma resposta à intervenção recente, em Madrid  do dirigente da UNITA, Isaías Sumakuva, que "alertou para o risco de um novo conflito sangrento" caso não haja democracia no país. Esta declaração foi feita no âmbito de uma viagem a vários países para pedir à comunidade internacional pressão sobre o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, sobre o que o dirigente da UNITA considera ser um retrocesso do processo democrático em Angola. Conhecido que é o percurso da UNITA, mesmo depois da morte de Savimbi, depois de acordos de paz e eleições, este alerta é uma ameaça.
 
Os organizadores desta manifestação já tinham cancelado outra prevista para 7 de Março, por "falta de condições para a sua realização", depois da detenção de cerca de vinte pessoas, incluindo um jornalista português, de imediato libertado, na madrugada anterior, na Praça 1º de Maio.
Isaías Sumakuva

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