No passado dia 25 3,3 milhões dos
5 milhões de habitantes do Iraque situados na zona designada por turca foram às
urnas e desses votaram pela independência 92%, o que provocou explosões de
alegria.
Esta zona assenta em importantes reservas petrolíferas. Mas, fora de portas o referendo foi amplamente criticado, especialmente pela Turquia, Síria e Irão, três países vizinhos com importantes minorias curdas. Na Síria, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Walid Muallem, classificou o referendo como totalmente inaceitável, embora se tenha mostrado disposto a falar sobre a autonomia com os curdos do seu país.
Os Estados Unidos disseram estar
profundamente decepcionados com a decisão de se ter mantido o referendo,
opinando que aumenta a instabilidade da região, mas o que é certo é que
apostaram na carta curda na região e é claro que essa instabilidade lhes serviria
os planos de dificultar uma rota comercial que eles hoje não dominam para já
não falar no desejo de lhes ser concessionada a exploração petrolífera. Mas os EUA
têm que ter cuidado com o apoio que derem porque a contrapartida será um
reforço da aliança Turquia-Iraque-Síria-Irão, países a que o grande Curdistão
pretendia ficar com territórios. Ou mesmo na versão só da independência de
parte do território do Iraque ou da eventual “Rojava”, independência da parte
da Síria que faz fronteira com a Turquia.
O secretário-geral da ONU, António
Guterres, também reiterou a sua preocupação pelo risco de desestabilização. A
União Europeia (UE) pediu a todas as partes que resolvam os problemas por meio
de um diálogo pacífico e construtivo.Só Israel apoiou abertamente este referendo por poder enfraquecer países árabes vizinhos.
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