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sábado, 30 de setembro de 2017

Referendo no Curdistão Iraquiano dá 92% aos independentistas


No passado dia 25 3,3 milhões dos 5 milhões de habitantes do Iraque situados na zona designada por turca foram às urnas e desses votaram pela independência 92%, o que provocou explosões de alegria.

Esta zona assenta em importantes reservas petrolíferas. Mas, fora de portas o referendo foi amplamente criticado, especialmente pela Turquia, Síria e Irão, três países vizinhos com importantes minorias curdas. Na Síria, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Walid Muallem, classificou o referendo como totalmente inaceitável, embora se tenha mostrado disposto a falar sobre a autonomia com os curdos do seu país.

Os Estados Unidos disseram estar profundamente decepcionados com a decisão de se ter mantido o referendo, opinando que aumenta a instabilidade da região, mas o que é certo é que apostaram na carta curda na região e é claro que essa instabilidade lhes serviria os planos de dificultar uma rota comercial que eles hoje não dominam para já não falar no desejo de lhes ser concessionada a exploração petrolífera. Mas os EUA têm que ter cuidado com o apoio que derem porque a contrapartida será um reforço da aliança Turquia-Iraque-Síria-Irão, países a que o grande Curdistão pretendia ficar com territórios. Ou mesmo na versão só da independência de parte do território do Iraque ou da eventual “Rojava”, independência da parte da Síria que faz fronteira com a Turquia.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também reiterou a sua preocupação pelo risco de desestabilização. A União Europeia (UE) pediu a todas as partes que resolvam os problemas por meio de um diálogo pacífico e construtivo.
Só Israel apoiou abertamente este referendo por poder enfraquecer países árabes vizinhos.

 

 

 

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