Ontem
a cidade do México foi percorrida por uma impressionante manifestação, a
“Marcha do Silêncio” contra o governo de Peña Nieto. Na fila da frente seguiam
representantes das organizações de trabalhadores e o candidato presidencial
derrotado, Lopez Óbrador.
No decorrer do desfile, convocado “em defesa dos professores ultrajados, feridos, perseguidos ou que perderam a vida”, Andrés Manuel López Obrador, presidente nacional do Morena (Movimento de Regeneração Nacional), propôs que na última terceira parte do seu mandato, o presidente Peña Nieto dirija um governo de facto de transição, com uma nova atitude que inclua o diálogo e a reconciliação, que permita entregar o poder em 2018 num ambiente de tranquilidade e paz social. A intervenção foi escutada ao longo do Paseo de la Reforma em altifalantes montados em gruas.

Ainda ontem se organizaram manifestaçõs de apoio aos
principais dirigentes da CNTE, presos em
Sonora num Centro de Readaptação Social Federal, e foi recolhido apoio material para as suas
famílias.
A reacção popular foi imediata e os desejos de
revolução voltaram a ser expressos nas ruas.
Na quarta-feira, segundo a
Telesur, membros da organização médica “Yo Soy Medico 17”, de 32 estados, uniram-se
ao protesto. Foram 200 mil os que manifestaram a sua oposição também às
reformas na Saúde de Peña Nieto, presidente de direita eleito nas últimas
presidenciais à tangente contra o candidato apoiado pela esquerda, Lopez
Óbrador. Os médicos denunciaram estas reformas como um disfarce para privatizar
a saúde no México”. Continuando a citar estes médicos, a Telesur, deu conta de
que a violência tem crescido no México e que os seus habitantes têm sofrido as
consequências de crimes como sequestros, desaparecimentos forçados e assassinatos
que não são punidos.
A Coordenação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE) – que representa os educadores dos estados do sul predominantemente rurais e indígenas – tem realizado nestes dias manifestações carregadas de um grande dramatismo e bloqueios de estradas contra novas avaliações obrigatórias dos professores, as quais dizem ignorar os desafios das suas regiões enquanto podem conduzir a demissões em massa.
A Coordenação Nacional de Trabalhadores da Educação (CNTE) – que representa os educadores dos estados do sul predominantemente rurais e indígenas – tem realizado nestes dias manifestações carregadas de um grande dramatismo e bloqueios de estradas contra novas avaliações obrigatórias dos professores, as quais dizem ignorar os desafios das suas regiões enquanto podem conduzir a demissões em massa.
Manifestações idênticas
realizaram-se em nove estados com a participação de camponeses, operários e estudantes
do magistério.
A comunicação social portuguesa calou-se bem caladinha.