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quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A direita vai ter uma pesada derrota e a CDU vai crescer

A maior parte dos inquéritos feitos ao sentido de voto dos portugueses tem falhas de credibilidade (representatividade das amostras) facilmente desmontáveis mas confirmam uma tendência que tem provocado uma irritação do PSD/CDS e do PS que lhes moldam as mensagens: nem o PSD/CDS nem o PS irão ter maioria absoluta, isto é, mais de 50% e nenhum intervalo de confiança dos resultados apresentados alterará tal constatação.
O PSD/CDS (não condigo dizer PàF, soa-me a estalada…) tenta meter medo aos eleitores, com as quebras de estabilidade governativa, perda de sinais positivos (?) no país possíveis graças aos sacrifícios (leia-se austeridade) que os portugueses fizeram (leia-se que lhe impuseram contra a sua vontade), fuga de investidores e quebras nos ratings feitos pelos fabricantes de crises.
Nesta campanha perdeu toda a vergonha, mentindo, fazendo trafulhice, fugindo à crítica do passado e ocultando o futuro que o habita. Paulo Portas alerta contra possíveis provocações de última hora. Helena Garrido, directora do DN, avisa-nos que o desemprego vai aumentar e nos temos de habituar a isso, como um elemento estrutural das economias…Na recta final entram os barões a defender entendimentos com o PS.
A derrota significativa que vão ter é um bom sinal para os portugueses e para a democracia.



O PS não foi claro no que o distinguia em termos de propostas eleitorais do PSD/CDS. E não me refiro a esta ou aquela mexida em indicadores pouco significantes.
Refiro-me às questões que decidem do futuro do país: atitude face ao euro e as voltas a dar para recuperar soberania e margem de manobra no que respeita ao crescimento da economia, reversão de privatizações, recuperação dos danos causados ao sistema educativo, ao serviço nacional de saúde e sistema de segurança social, progressiva mas significativa da melhoria de salários e pensões, da transformação de trabalho precário e efectivo, enfim, das condições de vida dos portugueses.
O PS veio de novo com a cassete do voto “útil”, com o “desperdiçar dos votos” nos partidos à sua esquerda e com os malandros que à esquerda atacam o PS. Mantendo concepções anticonstitucionais sobre sistemas de alternância que secundarizariam a igualdade das candidaturas, que negam a liberdade de voto, que revelam desconsideração pelos outros partidos à sua esquerda e pela liberdade de expressão. Partidos estes que não existem por acaso pois organizam correntes de opinião e aspirações de camadas sociais, que se não reconhecem no PS e o avaliam pelo que tem feito e não por mesquinhez. Pelo menos, o PCP tem um crédito de coerência e determinação que resultam de uma longa história de sacrifícios para que se atingisse um regime democrático com a existência de partidos. O PS conhece bem essa história.

No dia 4 votarei, como sempre, na CDU. Convido todos os meus amigos a concluírem as suas reflexões e a fazerem o mesmo.

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