Ontem na Praça Bolívar |
A oposição convocou para ontem em
Caraças uma manifestação, de que não deu conhecimento prévio às autoridades, ao
contrário do que acontece na generalidade dos países. Chamou-lhe “ A grande conquista
de Caracas”.
Convocada pela Mesa da Unidade Democrática
(MUD), tinha como pretexto pressionar o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) a dar
andamento ao referendo revogatório.
Manchete de um jornal da oposição de ontem |
O presidente da Venezuela, Nicólas
Maduro, denunciou a concentração:
"Está em marcha um plano de
golpe de Estado fascista, dirigido a partir dos EUA para trazer a violência à
Venezuela. Não o permitiremos, o povo na rua não o irá permitir”
A oposição
venezuelana retomou as acções violentas de 2014 para derrubar o Governo e impor
ao país um modelo neoliberal, assinalou a ministra Delcy Rodríguez numa
entrevista exclusiva para a TeleSUR.
Quando
convocaram a “Conquista de Caracas", começou uma campanha de guerra que
anunciava acabar com o Governo. Um jornal chegou mesmo a fazer manchete "A batalha final será em Miraflores" (palácio presidencial).
Depois das 14 h (hora local) quando acabou formalmente a marcha convocada
pela Mesa, mas grupos saídos dela entregaram-se à destruição de equipamentos
urbanos e à colocação na autoestrada da capital Francisco Fajardo de artefactos
que estiveram quase a causar a morte de automobilistas.
Apesar da intenção e das atitudes bélicas, e até porque se estava a
realizar na Praça Bolívar a concentração de apoiantes do governo, que contou
com uma expressiva presença de motards,
a paz não foi
O receio de ser renovada a tentativa
golpista de 2014, existia em muitos venezuelanos pois nessa altura houve 43
mortos e mais de oitocentos feridos. E não deixa de ser significativo que a
oposição que está em maioria no órgão legislativo tenha entre mãos a tentativa
de absolver os responsáveis dos delitos de então.
Há 2 anos as acções consistiram em encerramentos
arbitrários de ruas com acções violentas (as então designadas “garimbas”) para
exigir a demissão de Maduro, ao arrepio da vontade popular expresso nas eleições
de 14 de Abril de 2013 que elege Nicolás Maduro, dando continuidade à Revolução
Bolivariana, iniciada com o presidente Comandante Hugo Chávez.
Oportunamente o presidente da República tinha tornado público o
desarmamento de grupos paramilitares que provocariam um massacre. Estes acampamentos estavam instalados numa zona montanhosa da freguesia de Sucre. O ministro Néstor Reverol apresentou à imprensa um vídeo onde se mostram armamentos e explosivos localizados num acampamento a cerca de 500 metros do palácio presidencial.
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