Os manifestantes pacíficos anti-"ditadura" |
O Papa Francisco teve um papel de
relevo na tentativa de parar as confrontações na Venezuela, quando em final do
ano passado juntou antigos primeiros-ministros latino-americanos para se
iniciar um diálogo. Por iniciativa de sectores da oposição esse diálogo então
fracassou. Questionado agora por jornalistas sobre a possibilidade de relançar
a iniciativa para o diálogo, o Papa Francisco criticou a falta de interesse da
oposição: "Acho que (o diálogo)
deve ocorrer agora, mas que as condições devem ser claras, muito claras. Mas a
oposição não quer isso, é engraçado porque a oposição está dividida (…) ".
A direita venezuelana está
dividida mas insiste numa estratégia de confrontação violenta e manipulou as
mortes que resultaram dela. O Governo assegurou que os direitos da oposição
para protestar são uma coisa, mas que qualquer uso da violência seria punido
pelos tribunais. Em 2014, Maduro não hesitou um segundo para denunciar a
possibilidade de um uso desproporcionado da força por forças policiais. Na
verdade, aqueles que abusaram contra manifestantes foram presos e julgados de
acordo com a lei.
Face à manipulação da informação
dos meios de comunicação internacionais, a situação está longe de ser dominado
por uma lógica de repressão. Lembra, sim, os manuais das chamadas revoluções
coloridas que levaram a um golpe de Estado e a uma mudança de regime na Ucrânia.
Como naquele país, manifestantes "pró-democracia" desfilam ao lado de
reconhecidos grupos fascistas.
Em 26 de abril e 2 de maio,
militares da Guarda Nacional foram feridos por balas.
Do balanço de 31 mortos feito
ontem pela Protecção Civil da Venezuela, a maior parte deles foi alvo de
atiradores furtivos e snipers. Esta foi uma das muitas conferências de imprensa
que as autoridades venezuelanas têm realizado. Incluindo uma outra, recente
onde foi afirmado que a insurreição armada na Venezuela é conduzida por grupos
que operam fora da lei e que actuam na Venezuela com um objectivo militar.
A acção desses grupos armados
inscreve-se num plano do "Comando Sul", que dirige as operações de
desestabilização no país.
Os grupos irregulares procuram a
ocupação territorial para evitar o uso de um exército regular. O objetivo final
dos grupos insurrectos é a posse da terra, a fim de derrubar o governo e
estabelecer uma outra ligação aos interesses dos EUA.
Para acontecimentos como os das
últimas semanas existem protocolos ligados à defesa dos direitos humanos e que
definem as operações de ordem pública.
Têm três níveis: manutenção da
ordem pública (preventiva e de rotina), controle (dissuasores para garantir que
as manifestações pacíficas se mantenham como tal) e restabelecimento da ordem (em
manifestações que se tornam ou nascem já violentas).
Neste último nível (aplicada para
se opor violência) os protocolos orientam-se para dispersar manifestações,
limitar, e bloquear a sua acção violenta, capturando os intervenientes que
lideram a violência ou a executado.
Todas as operações são
coordenadas pela força policiais que estão sob o controle do Ministério do
Interior, Justiça e Paz.
Quando as manifestações ocorrem
pacificamente, as forças policiais têm a prevalência da Accão. Quando ocorrem
as chamadas "guarimbas", " o apoio militar é activado pela
Guarda Nacional Bolivariana (GNB) e as operações são coordenadas em conjunto
pelos Ministérios da Defesa e do Interior.
Só quando as manifestações são
muito violentas, armadas e com perda de vidas e apelando à desobediência civil,
a competência da intervenção continua a ser coordenada entre os dois ministérios,
mas sob o Comando Operacional Estratégico das Forças Armadas Nacionais
Bolivarianas (CEOFAN). E até ao momento essa ordem ainda não foi dada.
Porém toda a comunicação social e
comentários internacionais estão feitos na lógica da criação de pós-verdades
que nos condicionem. São afirmações ou imagens lançadas que não permitem o
contraditório e que nos querem fazer entrar na cabeça como verdades
incontornáveis. Casos como um objecto contundente ter fracturado o crânio de
uma senhora no decurso de uma manifestação de apoiantes do governo ter sido
atribuído a estes. Ou como a rapariga morta a tiros por um homem bem vestido
ser logo atribuído a ”bandos chavistas”. Ou como em Santo Antonio dos Altos a
morte a tiro de um guarda nacional de28 anos, que tinha acabado de ser pai ter
sido considerada uma morte “justa”. Ou como o um grupo de jovens provocadores se
ter deitado às águas do rio Guaire ser interpretado como um acto tenebroso da
polícia. Ou como o jovem que apareceu nu, de sapatos e meias diante de um força
antimotim, estar nesse estado por causada “autocracia madurista”. Ou como a
senhora luso-venezuelana que se pôs diante de carros militares que não lhe
tocaram, ter sido uma vítima da ditadura, como vimos nas nossas televisões. Ou os
jovens que tentaram incendiar a Direcção Executiva da Magistratura terem sido
referidos pela oposição como tendo sido barbaramente torturados, apesar de relatórios
forenses sobre eles revelarem que não tinha uma beliscadura. Ou a senhora que
enfrentava a polícia, como ontem vimos nas nossas televisões, a dizer que o
marido tinha desaparecido e mal-tratado, a que se seguiu um depoimento do
marido da cadeia, mostrando uma boa condição física militar e dizendo que tinha
sido bem tratado. Ou como o grupo armado que durante a noite causou mortes,
saques e destruições, com ligações a sectores da oposição, terem sido designados
por grupos chavistas
Nada mais claro, apesar de toda a contra informação manipulada e com origem no homem testa de ferro dos governos ianques, de seu nome Caprillas, que agita e fomenta quadrilhas de assaltantes e foras da lei, pagos para desestabilizar um país soberano e democrático, com a direita e extrema direita venezuelana, dos grandes empresários prontos para entregar a Venezuela aos americanos com as suas riquezas naturais, isto é, o petróleo de muito boa qualidade, e as imagens que nos chegam nas tvs portuguesas, são nitidamente manipuladas para enganar o espectador português e menos avançado politicamente, num grande fartar vilanagem.
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