Na reunião dos G-7, dos passados dias 10 e 11, os sete países mais
industrializados do mundo, segundo critérios de FMI, mas onde a Rússia foi
impedida de continuar (G-8), na sequência dos acontecimentos na Ucrânia e
Crimeia e onde também não participa a China, não concordaram com o agravar das
sanções à Rússia, que mantêm.
A proposta de Boris Johnson, MNE
do Reino Unido não fez vencimento e o seu par italiano considerou fundamental
que a Rússia favoreça com a comunidade internacional uma transição política na
Síria para derrotar o grupo extremista Estado Islâmico.
"Uma derrota duradoura do
Daesh (acrónimo em árabe de Estado Islâmico) não pode ser alcançada sem um
processo político que leve a uma transição" na Síria, afirmou Alfano
durante a reunião do G7.
"Existe agora uma janela de
oportunidade para envolver a Rússia seriamente no relançamento do processo
político", acrescentou.
O Conselho de Segurança de ontem não aprovou nova tentativa de
responsabilização do governo sírio pela alegada utilização de gás sarin no
bombardeamento a um depósito de armas dos terroristas numa localidade o norte
da Síria. A Rússi votou contra, usando o direito de veto.
Falando, em primeiro lugar
perante os 15 membros, o representante britânico Matthew Rycroft acusou Moscovo
de apoiar "um criminoso assassino e bárbaro" - o presidente sírio,
Bashar Assad - "em vez de alinhar com seus pares internacionais" na
votação
O enviado também afirmou que o
sarin, um gás nervoso, havia sido encontrado no local do suposto ataque químico
orquestrada pelo governo na área controlada pelos “rebeldes” no norte do país.
Vladimir Safronkov, enviado-adjunto
da Rússia à ONU, um dos vários diplomatas, que substituiu Vitaly Churkin desde
a morte súbita deste, há dois meses, seguiu-se-lhe no uso da palavra, e acusou
o representante inglês de “pretender impedir os esforços de De Mistura da ONU
para resolver a crise e de trazer a confrontação e a inimizade para o seio do
Conselho de Segurança"."Você perde o sono perante a possibilidade de podermos trabalhar em conjunto com os EUA. Você está com medo, faz tudo para o minar "
"Não desvie seus olhos! Olhe para mim! Por que está a desviar os olhos?”, continuou o representante russo.
Rycroft, que antes balançeava a
cabeça com tristeza, parecia impassível com o discurso, continuando a desviar o
olhar, antes de reagir às palavras com um sorriso sardônico.
O representante russo continuou,
dizendo que o Reino Unido "não tinha feito nada" para uma resolução
pacífica da crise síria, Safronkov e
disse que Rycroft "ignorou" o
discurso de Mistura preferindo "insultar a Síria, o Irão, a Turquia e
outros Estados".
"Alguns dos membros do
Conselho de Segurança recorrem a linguagem imprópria. Não se atreva a insultar
a Rússia! - disse Safronkov.
As reacções de Theresa May e
François Hollande face à não passagem no CS da ONU desta condenação à Síria,
foi de grande violência verbal.
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