Realizou-se na passada 2ª feira a 4ª Conferência Mundial da Internet, na China, em que ficaram assinalados os progressos feitos neste campo particularmente por este país.
O jornal “Diário do Povo” referiu
vários índices apresentados nesta conferência.
De acordo com o Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial da Internet
2017, apresentado na conferência, havia 3,89 mil milhiões de internautas no
mundo inteiro até junho de 2017, com uma taxa da popularização de 51,7%. De
todos eles, a China apresentou 751 milhões de utilizadores da internet, o maior
número em todo o mundo. E a economia digital da China atingiu 22,58 biliões de
yuans, ocupando o segundo lugar do ranking mundial e representando 30,3% do PIB
chinês, que é 5 vezes superior ao da União Europeia
O desenvolvimento da economia
digital passou a ser a escolha comum para os principais países e regiões
remodelarem a competitividade global, apontou o relatório. Actualmente, 22% do PIB mundial está vinculado com a economia digital,
compreendendo técnicas e capital. Na China, essa proporção atingiu os 30%.
Este relatório assinala que a
nova fase da revolução tecnológica e industrial, representada pela internet,
constitui já uma tendência, na qual se destacam as tecnologias emergentes, como
a inteligência artificial.
O desenvolvimento saudável da
internet depende da participação coletiva e da governança eficaz de todos os
países, que procuram hoje um modelo de governar a internet adequado a cada um,
incluindo a proteção de dados pessoais, a regulamentação do comércio digital, a
administração dos conteúdos virtuais, a normalização da ordem da competição e o
combate aos crimes cibernéticos.
Foi apresentada uma visão para o
futuro das casas de madeira centenárias da pequena cidade de Wuzhen, na China Oriental, onde a conferência se realizou, com
a sua adaptação com sistemas de "casa inteligente" que trazem o
café da manhã pela primeira vez na manhã e em que saem carros sem motorista
para levar os moradores a trabalhar depois a refeição matutina.
O pagamento móvel, o
reconhecimento facial, as bicicletas compartilhadas e o wifi onipresente
tornaram-se parte da vida quotidiana dos moradores da pequena cidade de Wuzhen,
o que fez com que Luigi Gambiarde-la, presidente da ChinaUE, uma associação com
base em Bruxelas que promove a comunicação entre a China e a Europa,
perguntasse se a tecnologia não pode ser copiada em regiões menos
desenvolvidas.
As estatísticas do Banco Mundial mostram que mesmo entre os 20% mais
pobres da população mundial, quase 70% têm telemóveis, o que significa que mais
famílias têm acesso aos dispositivos digitais do que a água potável, casas de
banho melhoradas ou à eletricidade.
Na China, existem mais de oito
milhões de lojas on-line na plataforma de comércio eletrónico da Alibaba, 62%
das quais são pequenas lojas. A percentagem de proprietárias mulheres de lojas
está a crescer, e os deficientes já representam um por cento dos proprietários
de lojas eletrónicas.
Mas noutros cantos do mundo
também outros países registaram progressos.
No Quénia, os custos de remessas foram reduzidos em mais de 90% para
os trabalhadores migrantes que enviam dinheiro para as suas famílias nas áreas
rurais, graças aos sistemas de pagamento digital. Na Índia, o sistema de identificação biométrica Aadhar abrangeu mais
de mil milhões, especialmente pessoas pobres, e previne a corrupção e o
desperdício, poupando ao governo milhares de milhões de dólares por ano.
No entanto, ainda há muitas
pessoas que não beneficiam da revolução digital. Um director do Grupo do Banco
Mundial, Shaolin Yang, presente na conferência disse que existem seis mil milhões de pessoas sem acesso à Internet de alta
velocidade, e quatro millhões deles não têm acesso à internet.
"É por isso que aqui na
conferência deste ano devemos discutir como superar a divisão digital",
disse Gambardella, que afirmou que a China é capaz de ser líder nesse
empreendimento.
A China lidera o mundo no acesso a redes de banda larga de fibra óptica
e possui a maior rede 4G. A sua penetração na internet atingiu 72,5%.
Gambardella pensa que o governo
chinês tem uma administração eficiente que leva à tomada de decisões atempadas.
E afirmou "Na China, a implantação liderada pelo governo de redes de fibra
óptica nas áreas rurais é uma prática recomendada na economia digital e deve
ser introduzida noutros países". "A conferência é uma plataforma
perfeita para a China compartilhar a sua experiência para superarmos a divisão
digital".
No México, o governo está a promover uma reforma da internet que visa
reduzir os custos de comunicação móvel e os preços dos serviços de informação.
"A nossa taxa de acesso à Internet cresceu para 20%. Entretanto, 61% dos
utilizadores de dispositivos móveis têm acesso à banda larga, que era apenas 6%
em 2011", disse Miguel Angel Margain, diretor-geral do Instituto Mexicano
de Propriedade Industrial.
A revolução de informação sem precedentes será mais significativa quando
todas as pessoas no mundo beneficiarem dela, acrescentou Yang.
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