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sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

O "regresso" a África

 
As movimentações militares da França nestes últimos anos em África, com intervenções directas e dirigindo as forças do G5 do Sahel, reforçadas nos últimos dias, a pretexto do combate aos terroristas do Boko Haram, da Al-Qaeda e do ISIS, têm causas mais profundas.
 
Não é de agora que a África é muito rica em ouro, diamantes, urânio, coltan, cobre, petróleo, gás natural, manganésio, fosfatos, madeiras preciosas, cacau, café, algodão e muito mais. Esses recursos preciosos, explorados pelo antigo colonialismo europeu com métodos semelhantes a escravos, são hoje explorados pelo neocolonialismo europeu, dependendo de grupos de poder e governantes africanos corruptos, de mão-de-obra local de baixo custo e do controle dos mercados interno e internacional. E os ex-países colonizadores continuam a explorá-los, procurando que se mantenham condições de segurança para as suas empresas operarem.
 
Vários ex-colonizadores, como a Itália investem fortemente explorando os recursos de África, nomeadamente os hidrocarbonetos pela ENI.
 
Por parte dos EUA existe uma intervenção semelhante mas, neste caso, pesa mais o medo da progressão económica da China em África. Os EUA, mas também a União Europeia, têm a noção clara de que estão a perder a sua influência dominante nas economias africanas a favor da China, cujas empresas oferecem aos seus anfitriões condições muito mais vantajosas, além de construírem as infraestruturas de que estes países precisam.

1 comentário:

  1. Por isso é que a dita resistência está parada certamente que à espera de ordens.
    JM

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