Com epicentro na conturbada administração norte-americana, vivem-se hoje momentos tensos à escala internacional que exigem de todos nós uma posição que engrosse o número dos que activamente entendem contribuir para que se contenha o essencial dos riscos e que não se traduza no enfiar a cabeça na areia, dizendo que todos os actores dessa tensão têm responsabilidades, e esperando que as crises passem. Particularmente para quem se reclame de esquerda há que distinguir o essencia...l do acessório mesmo quando se entenda que este acessório não seja coisa pequena.
Na administração norte-americana diferentes grupos de influência tornam a administração ainda mais imprevisível e ameaçadora. Trump não só ameaça de ataques nucleares a Coreia do Norte como admite uma intervenção armada norte-americana na Venezuela e tolera uma manifestação nazi violenta nos próprios EUA, talvez querendo que isso possa colher simpatias junto dos muitos deserdados que o elegeram.
A Coreia do Norte responde às provocações da outra parte que, desde a Guerra da Coreia, nunca cessaram e agora se irão prolongar com exercícios dos EUA e da Coreia do Sul no Mar da China. A China e a Coreia do Norte reagem naturalmente a essas ameaças e à da instalação do sistema THAAD na Coreia do Sul.
Na Venezuela, o presidente usou os seus direitos constitucionais para fazer face a um conflito institucional, que dava cobertura a tentativas violentas da tomada do poder que em nenhum país seriam aceite pelas autoridades, e suscitou a eleição popular de um modelo de Assembleia Nacional Constituinte, que torneasse esse conflito, que a oposição quis boicotar, retirando-se dessa eleição. À oposição cabe agora decidir se quer continuar ou não a boicotar os próximos actos eleitorais.
Com espírito construtivo para garantir a paz, a segurança e a subsistência das populações, das várias partes se espera que se deem passos nesse sentido
Sem comentários:
Enviar um comentário