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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Apesar das dificuldades, o processo de paz na Síria avançará

É esta a convicção que existe entre os negociadores que não têm boicotado o processo.

Apesar da manutenção da actividade dos terroristas do Jabhat al Nusra, excluído tal como o Daesh do acordo de cessar-fogo apoiado pela ONU, numa parte da cidade de Aleppo (capital económica da Síria que antes da guerra tinha cerca de três milhões de habitantes tal como a capital política Damasco) e da mortandade que tem causado a troca de disparos entre as partes.
Apesar, das reclamações do Exército Livre da Síria (chapéu estimulado pelos EUA para diferentes organizações armadas falarem a uma só voz) de que o acordo de cessar-fogo deve incluir também regiões que afirmam controlar.

Apesar da insistência de alguns grupos rebeldes em incluir condições prévias para negociarem como a saída imediata do poder de Bashar Al-Assad e a sua não participação do poder.
Apesar da onda de violência que atingiu a Síria na semana passada, em particular em Aleppo, onde dezenas de civis foram mortos num pesado bombardeio, em que um hospital foi atingido resultando pelo menos 50 mortes de acordo com os Médicos Sem Fronteiras, o que levou o enviado especial da ONU Staffan de Mistura a advertir que a trégua estava à beira do colapso e precisava de ser salva.

Isto por estarem a seguir cerca de 3,5 toneladas de ajuda humanitária para as províncias de Damasco e Aleppo, segundo o Ministério da Defesa da Rússia afirmou no domingo, acrescentando que os comboios semelhantes devem seguir para as províncias de Homs e Hama.
E porque o Centro Russo para a Reconciliação na Síria, que está a trabalhar na implementação do roteiro de paz na Síria, apoiado pelas Nações Unidas, bem como cessar-fogos regionais, disse que têm ocorrido negociações na área de Aleppo em apuros e que, recentemente, um acordo foi alcançado com dois duas negociações em Aleppo. Desde 1 de Maio o número de acordos estabelecidos para adesão à trégua atingiu 85. E em Aleppo, de acordo com os termos do cessar-fogo, a soberania síria deve ser garantida em toda a cidade.
E ainda porque, numa viagem organizada à pressa a Genebra respondendo ao apelo de Mistura, o secretário de Estado dos EUA John Kerry no domingo, disse que espera que "algum progresso" seja atingido nos próximos dias nas negociações de Genebra.
E também porque em entrevista à Rússia Today, Mistura insistiu em que tanto a Rússia como os EUA têm a responsabilidade de protegerem e "recalibrarem" a cessação das hostilidades e de se certificarem de que a iniciativa de paz, que ele diz ser a única solução viável para a Síria, se mantenha.