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sexta-feira, 29 de março de 2019

Há 16 anos, a NATO completou a destruiçao da Jugoslávia


Quando se assinalam 70 anos sobre a formação da OTAN e 16 anos sobre a destruição por esta da Jugoslávia, que se tinha libertado pelas suas próprias forças dos invasores nazis e construído uma forma particular de democracia socialista em que as diferentes nacionalidades e etnias conviviam e partilhavam todas responsabilidades nas funções de direção do Estado, importa relembrar o que foi esta primeira guerra da OTAN contra um país europeu.
Há 16 anos, a OTAN, que hipocritamente se continua a considerar "organização de defesa coletiva", lançou uma guerra ilegal contra a Iugoslávia (Sérvia e Montenegro), sem base em qualquer resolução da ONU..
A agência noticiosa sérvia, Tanjug, apresentou agora os números que mostram a destruição maciça do país e a perda de vidas.
Anti-aérea de Belgrado contra mísseis da NATO
A Iugoslávia, supostamente responsável pela "catástrofe humanitária" no Kosovo e Metohija, foi atacada depois das chamadas negociações de Rambouillet sobre o futuro estatuto do Kosovo terem falhado. O acordo de Rambouillet previa o destacamento de forças da OTAN para o território da Jugoslávia. A parte iugoslava não queria forças da OTAN no seu território e sugeriu que as tropas da ONU fossem mobilizadas para supervisionar a implementação do acordo de Rambouillet, o que também foi confirmado pelo parlamento iugoslavo. 
Insatisfeita, a OTAN desencadeou uma massiva investida militar contra o pequeno país e seu povo, o que levou à destruição massiva e à perda de vidas. 


O general Wesley Clark, que liderou a campanha, admitiu no seu livro Modern Warfare que o planeamento e os preparativos para a guerra já estavam em andamento no verão de 1998 e finalizados em agosto de 1998. O que realmente implicou que Rambouillet nunca iria ter qualquer sucesso.



Hoje a "Tanjug" listou alguns números que foram divulgados pelo governo sérvio, que mostram os resultados devastadores e a destruição do país pelo ataque conduzido pela OTAN:


• Mais de 2.500 pessoas mortas, das quais mais de 1.500 civis e 12.500 pessoas feridas
• Um terço da capacidade de eletricidade e energia do país destruída
• Custo total de destruição acima de 100 mil milhões de dólares
• Não existe uma cidade na Sérvia que não tenha sido alvo da NATO.

A extensão dos danos estruturais foram:
• 25.000 casas e apartamentos
• 470 km de estradas
• 595 km de ferrovia
• 14 aeroportos
• 39 hospitais e centros médicos
• 69 escolas,19 jardins de infâcoia e 176 objetos culturais
• 82 pontes

O ataque massivo da OTAN ao pequeno país envolveu:
• 1.150 aviões com 2.300 ataques por aviões
• 1.300 mísseis de cruzeiro
• Lançamento de 37.000 bombas de fragmentação [proibidas]
• Cerca de 22.000 toneladas de bombas e outras munições incluido com urânio empobrecido

Após os esforços diplomáticos, o bombardeio e a agressão cessaram com a assinatura do Acordo Técnico Militar de Kumanovo [Macedónia] em 9 de junho, que previa a retirada do Exército iugoslavo do Kosovo em três dias.
Naquele dia em que o Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução 1244, cerca de 37.000 soldados da KFOR , a força de manutenção da paz do Kosovo comandada pela OTAN, foram enviados para o Kosovo, com mandato para garantir a paz e a estabilidade e permitir o regresso dos refugiados, até que um amplo estatuto de autonomia fosse negociado para o Kosovo.


Com o apoio dos EUA, da OTAN e da maioria dos Estados da UE, o Kosovo declarou a sua independência em 2008 ...! E foram os mesmos países que em tom empolgado se opõem à autodeterminação da Criméia ou outras partes da Ucrânia ...!Essa analogia do Kosovo com a Crimeia tem sido freqüentemente usada para explicar a hipocrisia dos EUA ao não aceitarem a votação na Criméia,
A independência do Kosovo foi totalmente orquestrado pelo Ocidente para os seus propósitos, armando e usando o KLA (grupo terrorista ligado ao narcotráfico, de que saíram os primeiros dirigentes deste país que se viria a revelar um estado falhado

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