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sábado, 19 de janeiro de 2019

Armas nucleares: regresso ao passado?, por António Abreu

Os países da União Europeia, em cujas Constituições figura o princípio de que a “soberania pertence aos povos”, parecem considerar que parte dessa soberania já não lhes pertence, reservando-a para os círculos supranacionais que decidem sobre a guerra.


A União Europeia, em que 21 dos 27 estados-membros fazem parte da OTAN, colou-se assim à posição da OTAN, que por sua vez é cópia da posição dos Estados Unidos. O governo Obama primeiro, e depois o governo Trump acusaram a Rússia, sem qualquer prova, de ter experimentado um míssil de categoria proibida e anunciaram a intenção de se retirar do Tratado INF. Ao mesmo tempo, lançaram um programa para instalar mísseis nucleares novamente na Europa contra a Rússia, que também seria baseado na região da Ásia-Pacífico contra a China.
Os países da UE decidiram deixar instalar, nos seus territórios, mísseis de médio alcance para atingirem a Rússia.
Em matéria de armas nucleares de alcance intermédio, com a instalação de novos mísseis apontados à Rússia, depois da rejeição unilateral do Tratado INF, os EUA querem ver-se livres das consequências, que passam para os países europeus que, deixando instalar no seu território, para ficarem sob a direção dos EUA, mísseis que, alcancem a Rússia, necessariamente lhes acarretarão uma resposta russa dirigida a esses países por armas equivalentes. Os povos destes países aprovam estas decisões? Não foram sobre isso perguntados.
O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, conhecido como Tratado INF (do inglês: Intermediate-Range Nuclear Forces), assinado por Reagan e Gorbatchev em 1987 previa a eliminação dos mísseis balísticos e de cruzeiro, nucleares ou convencionais, cujo alcance estivesse entre 500 e 5 500 km. Até a data-limite de 1 de junho de 1991, prevista no tratado, tinham sido destruídos 2 692 mísseis, 846 por parte dos Estados Unidos e 1 846 por parte da União Soviética. O acordo permitia a qualquer das partes inspecionar as instalações militares da outra

Os países da União Europeia, em cujas Constituições figura o princípio de que a “soberania pertence aos povos”, parecem considerar que parte dessa soberania já não lhes pertence, reservando-a para os círculos supranacionais que decidem sobre a guerra.
A União Europeia, em que 21 dos 27 estados-membros fazem parte da OTAN, colou-se assim à posição da OTAN, que por sua vez é cópia da posição dos Estados Unidos. O governo Obama primeiro, e depois o governo Trump acusaram a Rússia, sem qualquer prova, de ter experimentado um míssil de categoria proibida e anunciaram a intenção de se retirar do Tratado INF. Ao mesmo tempo, lançaram um programa para instalar mísseis nucleares novamente na Europa contra a Rússia, que também seria baseado na região da Ásia-Pacífico contra a China.
Os países da UE decidiram deixar instalar, nos seus territórios, mísseis de médio alcance para atingirem a Rússia.
Em matéria de armas nucleares de alcance intermédio, com a instalação de novos mísseis apontados à Rússia, depois da rejeição unilateral do Tratado INF, os EUA querem ver-se livres das consequências, que passam para os países europeus que, deixando instalar no seu território, para ficarem sob a direção dos EUA, mísseis que, alcancem a Rússia, necessariamente lhes acarretarão uma resposta russa dirigida a esses países por armas equivalentes. Os povos destes países aprovam estas decisões? Não foram sobre isso perguntados.
O Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário, conhecido como Tratado INF (do inglês: Intermediate-Range Nuclear Forces), assinado por Reagan e Gorbatchev em 1987 previa a eliminação dos mísseis balísticos e de cruzeiro, nucleares ou convencionais, cujo alcance estivesse entre 500 e 5 500 km. Até a data-limite de 1 de junho de 1991, prevista no tratado, tinham sido destruídos 2 692 mísseis, 846 por parte dos Estados Unidos e 1 846 por parte da União Soviética. O acordo permitia a qualquer das partes inspecionar as instalações militares da outra.

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